O Pólo Cine Vídeo, no Rio de Janeiro, foi palco para a gravação do novo projeto do cantor, compositor, escritor e poeta Sérgio Lopes – o CD e DVD Acústico, lançado pela ArtGospel. Sérgio que já é conhecido pela sua maneira poética de escrever surpreende nesse trabalho com letras mais intimistas e reflexivas (será influência do escritor Ariano Suassuna do qual o cantor é fã declarado?). A capa do trabalho foi trabalhada por Alex Mendes que traz diversas fotos de momentos do show em um belo encarte muito bem diagramado. O repertório apresenta 11 canções de autoria do próprio Sérgio com letras bem escritas que você confere agora:
Assim como em A dor de Lázaro (CD O sétimo, 1997), Sérgio assumia a voz do amigo de Jesus, o mesmo acontece em Bartimeus que narra a trajetória do cego de Jericó – “Sentado à beira do caminho / Então ouvi o som da multidão / Pessoas que gritavam contra mim / E eu não podia ver quem é / O tal Rabi de Nazaré e então clamei”. O back-vocal, formado por Flávio Bezerra, Aline Fenny e Josué Dias, atua de maneira sutil na faixa.
Um destaque dos trabalhos de Sérgio sempre foi a bela harmonia instrumental. O que é percebido em Olha Deus com um belo som de flauta com Michele Ximenes. Agora, se você se emocionou com O lamento de Israel (CD O sétimo, 1997) e O mar vermelho (CD Noites e momentos, 1999), vai adorar a comovente Clama Israel que conta a trajetória do povo santo desde o chamado de Abraão. As lembranças do antigo sucesso de 1997 são mais perceptíveis com o solo de violino de Thalita Resende, acompanhado pelo tecladista Alcimar Rangel (produtor do álbum).
Os violões pontuam a dançante Os sinais com uma pegada bem gostosa e traz uma voz em tons mais agudos – “Não me importo com a resposta / Apenas sigo os sinais / Se Ele está controlando o meu barco / Isso é bom demais”. Os violões também pontuam o bolero Carrossel dos excluídos que mostra todo o lado poético do artista que narra as agruras da vida cotidiana – “Quando eu passo às cinco da tarde / Na Praça XV ou Central do Brasil / Vejo pessoas que foram excluídas de um emprego que não lhes serviu”.
A inspiração do poeta também mostra seu lado engajado em Eu insisto em dizer denunciando as mazelas do nosso povo enquanto os grandões se divertem e curtem a vida segundo seu bel prazer. Coração também é uma das faixas mais cativantes do álbum com o entrosamento do cantor com a turma do vocal e os sons da flautista Michele e dos percussionistas Zé Leal e Vander Lessa. Quem sabe um dia conta apenas com o violão é mais uma letra cheia de reflexão sobre a necessidade da generosidade e amor entre irmãos.
Andar contigo traz uma sinfonia quase medieval trazendo uma atmosfera mais densa ao álbum e parece aqueles diálogos entre o Rei Davi e Deus no livro de Salmos – “Falsos amigos quiseram meu fim / Os inimigos zombaram de mim / A minha vida tornou-se um deserto / Noturno e sem luz”. Um só gesto, que só no MySpace já foi ouvida mais de 300 vezes, traz uma batida meio country acompanhada pelos violões e fala do amor a Deus de uma maneira que só Sérgio sabe cantar. Fechando o álbum em alto estilo, Fé e surf é a composição mais curiosa do álbum com toda aquela linguagem dos surfistas – “Jesus surfa comigo / O mar é nosso amigo / Não há perigo, o clima é união geral / Se o mar é o santuário / O altar é minha prancha / Dou glória se a manobra é radical”. Sem dúvida, é mais um trabalho do poeta que não pode faltar em sua coleção. Adquira já!
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Assim como em A dor de Lázaro (CD O sétimo, 1997), Sérgio assumia a voz do amigo de Jesus, o mesmo acontece em Bartimeus que narra a trajetória do cego de Jericó – “Sentado à beira do caminho / Então ouvi o som da multidão / Pessoas que gritavam contra mim / E eu não podia ver quem é / O tal Rabi de Nazaré e então clamei”. O back-vocal, formado por Flávio Bezerra, Aline Fenny e Josué Dias, atua de maneira sutil na faixa.
Um destaque dos trabalhos de Sérgio sempre foi a bela harmonia instrumental. O que é percebido em Olha Deus com um belo som de flauta com Michele Ximenes. Agora, se você se emocionou com O lamento de Israel (CD O sétimo, 1997) e O mar vermelho (CD Noites e momentos, 1999), vai adorar a comovente Clama Israel que conta a trajetória do povo santo desde o chamado de Abraão. As lembranças do antigo sucesso de 1997 são mais perceptíveis com o solo de violino de Thalita Resende, acompanhado pelo tecladista Alcimar Rangel (produtor do álbum).Os violões pontuam a dançante Os sinais com uma pegada bem gostosa e traz uma voz em tons mais agudos – “Não me importo com a resposta / Apenas sigo os sinais / Se Ele está controlando o meu barco / Isso é bom demais”. Os violões também pontuam o bolero Carrossel dos excluídos que mostra todo o lado poético do artista que narra as agruras da vida cotidiana – “Quando eu passo às cinco da tarde / Na Praça XV ou Central do Brasil / Vejo pessoas que foram excluídas de um emprego que não lhes serviu”.
A inspiração do poeta também mostra seu lado engajado em Eu insisto em dizer denunciando as mazelas do nosso povo enquanto os grandões se divertem e curtem a vida segundo seu bel prazer. Coração também é uma das faixas mais cativantes do álbum com o entrosamento do cantor com a turma do vocal e os sons da flautista Michele e dos percussionistas Zé Leal e Vander Lessa. Quem sabe um dia conta apenas com o violão é mais uma letra cheia de reflexão sobre a necessidade da generosidade e amor entre irmãos.
Andar contigo traz uma sinfonia quase medieval trazendo uma atmosfera mais densa ao álbum e parece aqueles diálogos entre o Rei Davi e Deus no livro de Salmos – “Falsos amigos quiseram meu fim / Os inimigos zombaram de mim / A minha vida tornou-se um deserto / Noturno e sem luz”. Um só gesto, que só no MySpace já foi ouvida mais de 300 vezes, traz uma batida meio country acompanhada pelos violões e fala do amor a Deus de uma maneira que só Sérgio sabe cantar. Fechando o álbum em alto estilo, Fé e surf é a composição mais curiosa do álbum com toda aquela linguagem dos surfistas – “Jesus surfa comigo / O mar é nosso amigo / Não há perigo, o clima é união geral / Se o mar é o santuário / O altar é minha prancha / Dou glória se a manobra é radical”. Sem dúvida, é mais um trabalho do poeta que não pode faltar em sua coleção. Adquira já! 
Boa dica! Adoro as canções do Sérgio Lopes!
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