Daniela Araújo
mostrou que chegou mesmo para deixar sua marca no cenário gospel nacional e não
pretende cair na zona de comodismo mesmo com o sucesso de seu primeiro álbum
homônimo lançado pela Sony Music Gospel e que já figura como um dos melhores
trabalhos da safra de 2011. Inspirada pelo lançamento do tão esperado clipe da
canção Guia-me, dirigido pelo
inseparável amigo Hugo Pessoa nas
locações do Estúdio Mosh, Daniela já está preparando mais duas produções – Milímetro (que promete ser um projeto
pioneiro no mercado evangélico) e Gratidão.
Além de falar sobre esses projetos, a cantora conta detalhes do show de
lançamento que acontece em São Paulo no dia 15 de dezembro (quinta-feira) e os
planos para 2012 que incluem muitas viagens e muito trabalho.
1. Como tem sido
repercussão de seu primeiro CD?
Olha... Melhor
impossível! Eu só tenho que agradecer a Deus porque estou aqui na Sony onde
estão me dando todo apoio. Eu não poderia estar num lugar melhor porque tenho
pessoas acreditando no meu trabalho. O Mauricio (Soares, diretor executivo do
selo gospel) me dá o maior apoio sempre lutando por mim e até agora só ouvi
coisas muito abençoadoras sobre o meu disco e fico muito feliz porque quero ser
bênção para as pessoas e elas estão me abençoando de volta.
2. Quais são os
próximos passos para a divulgação do álbum?
Fotos: Rafael Paressa |
3. Onde você buscou
referência para esse clipe?
Ah! Peguei muitas
referências como o Coldplay que já fez clipe em reverse e a banda Mutemath.
Percebi que ninguém no Brasil tinha feito nada e o Lucas me explicou que era
muito difícil, mas eu queria fazer. Escolhi Milímetro por falar do círculo
vicioso do mundo em que tudo se repete e com o reverse ia ficar muito
interessante porque a gente quer dizer que tudo passa, mas volta como é tudo no
mundo. É uma música curta, mas mesmo assim a última estrofe eu tive que fazer
lendo. Também já gravamos Gratidão,
que era para ficar pronto no Natal, mas deixamos para depois do Carnaval e
outra versão do Guia-me que fizemos
em Londres aproveitando a viagem missionária. Quem é missionário aproveite as
oportunidades e gravamos naquelas paisagens maravilhosas.
4. Logo se vê que
você quer mesmo ser diferente e não seguir na mesma mesmice?
Eu me preocupo em
fazer como o Leo (Leonardo Gonçalves, esposo) e outros cantores como o Paulo
César Baruk, o Juliano Son e o André Valadão com uns vídeos super bem
produzidos com uma mensagem evangelística ótima. A gente sempre faz com o
objetivo de fazer o melhor pro Senhor, se é algo novo ou não depende da
inspiração que Deus está dando no momento (risos). É só buscar a Deus para Ele
dar algo genuíno para que as pessoas sejam alcançadas através disso.
5. Por falar no
Leonardo Gonçalves, ele disse que você tem um processo solitário na hora de
compor. Como isso funciona?
Isso eu percebi depois
que me casei com ele que é uma pessoa muito mais racional para composição. Ele
compõe uma melodia e depois pensa exatamente o que quer falar na música e
escreve conscientemente. Já eu componho sofrendo e aí depois que eu começo a
reescrever tudo aquilo que eu vou filtrando. Esse processo de sofrimento, de
angústia, é solitário por si só. Fora que, na música que estou concebendo, é
raro eu fazer alguma parceria musical. O que acontece muito é eu ter uma
melodia e alguém chegar e pedir para completar. Quando estou num processo
criativo eu não consigo ter um contato externo, é mais eu, Deus e a Bíblia, mas
é sempre envolvendo algo que eu esteja vivendo e vou pegar um alento na Bíblia.
6. Mudando de assunto...
Como será essa nova versão do Guia-me?
Ele foi gravado numa
externa em Londres. A gente conseguiu uma produtora de lá e eu tenho sorte de
ser rodeada de amigos com coração de artista e com muita disposição em fazer as
coisas. O Hugo Pessoa trabalha no ramo há muito tempo e calhou da gente estar
junto no mesmo país. Conseguimos uma produtora para fechar uma viela de Londres
com figurantes e fiquei muito feliz. Acho que essa nossa geração de jovens
cristãos está vindo com uma sede muito maior de material visual até pela época
deles com o YouTube. A galera mais jovem não quer só ouvir música, ela quer ver
clipe e os sentidos são muitos mais aguçados quando você está vendo e ouvindo.
Então, acredito que os vídeos complementam muito o trabalho evangelístico
porque a experiência é muito mais intensa.
7. E o que pode nos
adiantar sobre o show de lançamento no dia 15 de dezembro?
A gente está fazendo
tudo com muito carinho, estou ensaiando com minha banda toda semana pra
oferecer não só qualidade, mas um momento de intimidade com toda a galera. O
que eu espero é que o pessoal que está me apoiando saiba as letras para cantar
junto comigo. Vou apresentar o vídeo reverse e o cenário vai ser todo de
projeção e inclusive um dos videoclipes que vou lançar ano que vem nesse
formato. O Gratidão foi gravado todo
no escuro, com a orquestra na frente e o cenário todo cheio de projeções com
imagens de luz e quero levar isso paras minhas apresentações. Fora isso, vai
ter participação do Leo cantando três músicas e, como o tema do meu CD gira em
torno do tempo, vamos fazer uma reflexão sobre o livro de Eclesiastes falando
das angústias do ser humano sobre tudo que se repete, como é o ideal da nossa
vida em que a gente deve aproveitar melhor o nosso tempo e, na verdade, a gente
quer que o Senhor volte logo pra poder viver com Ele eternamente.
8. Sua proposta então
é unir música e arte?
A gente que faz uma
música que julgam não ser tão comercial acaba batendo nessa tecla porque,
inconscientemente, a gente acaba abrindo mão de alguns ideais artísticos, mas
tenho certeza que muitos ministérios que tenham reconhecimento no meio gospel
também estão oferecendo novidade ao público com uma linguagem mais ‘igrejeira’.
A arte dentro da igreja existe, a música pentecostal é arte e não tem em outro
lugar. Pode soar de uma maneira esnobe, mas, se a gente quiser, vemos arte em
todos os fragmentos da música gospel. No meu caso, eu quero passar para as
pessoas a questão de concepção de arranjo em relação às letras porque as duas
coisas caminham juntas. Não é simplesmente pegar um violão, tocar e já era. O
arranjo define como a pessoa vai sentir aquela música, mas não é todo mundo que
percebe isso. Minha proposta talvez é aguçar alguns sentidos de qualquer pessoa
que estiver disposta a querer perceber algumas coisas
9. E os planos para
2012? São muitos?
Meus planos para 2012
é viajar muito, continuar ensaiando com a minha banda, continuar compondo,
continuar estudando porque estou no segundo ano do terceiro semestre de música
(inclusive orem por mim porque música é muito difícil e aconselho todo músico a
se profissionalizar). Quero conseguir levar minha banda em todas as minhas
apresentações. Viajar, viajar, viajar, terminar minha faculdade, continuar
ajudando o Leo no que ele precisa e servir a Deus, ser feliz para Jesus ficar
feliz através da minha vida.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirParabéns, amei a entrevista coma a Dani, e a parte da entrevista que mas gostei foi quando ela fala que " nossa geração de jovens cristãos está vindo com uma sede muito maior de material visual até pela época deles com o YouTube." Está super-certa que foi através do YouTube que à conheci, vi o clipe guia-me e quando escutei a 1ª notinha me apaixonei, foi coisa de louco hehe. No outro dia ja estava com cd dela em mãos, a partir daí nunca mas parei de ouvi-la. Agora to esperando ela vim lançar seu cd aqui No Rio e espero conhece-la pessoalmente!
ResponderExcluirMulher abençoada e inteligente. Parabéns! Deus abençoe. Beeijos
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