A Igreja Evangélica Congregacional de Bento Ribeiro, bairro
da Zona Norte do Rio, foi palco para a uma noite especial no feriado do Dia do
Trabalho. O cantor Alexandre Pilar,
que também é pastor na igreja, recebeu cerca de 250 pessoas entre amigos e familiares
para a gravação de seu primeiro DVD
Cartas Vivas do Rei – Eletroacústico. As filmagens aconteceram no antigo
templo da igreja que por ser menor conferiu um ar mais intimista que parecia
mais uma reunião de velhos amigos para juntos adorarem a Deus. Ao invés de
bancos ou cadeiras, os convidados sentaram-se em tapetes dispostos em volta dos
músicos e a iluminação simples com lâmpadas que davam efeito de velas e um
telão que projetava um rótulo e a logo do ministério davam o ar simples à
ocasião.
Com direção do próprio Alexandre e do Ministério Cartas Vivas do Rei, o projeto terá nove canções e uma
mensagem, além do testemunho de restauração do casamento do pastor e da esposa
Patrícia nos Extras. Dentre os momentos marcantes, vale a pena mencionar a
faixa Ele nos ama, a famosa versão
de How He love us do Jesus Culture, além do dueto com Rosely Almeida (Joy for Nations/Awake) na canção Loucomotivo da Cruz, título do primeiro álbum de Alexandre, e a
inédita Eu sou a lenha.
Pr. Alexandre Pilar gravou DVD Cartas Vivas do Rei - Eletroacústico em Bento Ribeiro | Fotos: Thiago Hashimoto |
Previsto para ser lançado em agosto deste ano, o DVD Cartas Vivas do Rei – Eletroacústico
contou com um time de músicos de primeira linha: Joe (piano), Luiz Felipe (violino),
Well Rodrigues (violão), Digão (guitarra), Jonny (teclados e controladores), Luciano (bateria) e Daniel
Pilar (baixo), filho de Alexandre. Os backs ficaram por conta de Aline Alves, João Vitor e Jerônimo Alves,
o Jerô que foi um dos responsáveis pela propagação da música gospel na década
de 80 ao lado de Janires Magalhães Manso
(fundador do Rebanhão e da Banda Azul).
A partir de agora você confere uma entrevista que Alexandre Pilar
concedeu ao Gospel no Divã onde contou mais detalhes sobre esse novo projeto:
1. Em 1999, você cooperou
na liderança do louvor da sua igreja, a Congregacional de Bento Ribeiro, e
participou da fundação do Ministério Sou do meu amado.
Mas você já tinha algum envolvimento com a música antes dessa época?
A música sempre fez parte da minha vida. Venho de uma família onde temos reformadores de piano há três gerações e na adolescência sempre participei de bandas de rock no bairro onde morei.
2. Como foi
participar da fundação do Ministério Sou do meu amado?
Não planejamos nada. As coisas foram acontecendo num movimento de muita paixão e entrega. O bonito disso tudo é que essa essência tão carregada de inocência permanece ate hoje. Continuamos dependentes de Deus e como motivação principal cantar para Ele.
3. Em 2004, a convite
do Pr. Gerson Freire – líder do Ministério Geração Profética – você se mudou para
Minas Gerais. Qual o peso que esse período teve em seu ministério?
Foi difícil, mas nós entendíamos claramente que essa era a vontade de Deus para aquele tempo. A grande verdade é que eu pude aprender com as pessoas que eram meus referenciais na época e eu considero isso um grande privilégio. Dentre essas pessoas estão Gerson Freire, Judson de Oliveira e Ricardo Robortella.
4. Você participou de
vários outros projetos musicais ao lado de ministérios como Clamor pelas Nações,
Dança pelas Nações, Fred Arraiz e Gerson Freire. Qual a importância que eles
tiveram em seu crescimento?
Sobre o Fred Arraiz eu participei de apenas uma faixa. Com o Clamor eu participei da produção musical do CD/DVD Liberdade e participei da produção do CD Intensidade do Gerson. Esses trabalhos me trouxeram grande experiência e crescimento na área de produção musical, além da caminhada ministerial.
5. Quando decidiu
seguir carreira solo?
Na verdade eu não decidi isso, Deus tinha esse propósito para mim. Foi e é tudo muito natural, porém, no ano de 2007, entendi que esse era o tempo de começarmos a nos mover nessa direção.
6. Como foi o
processo da produção de seu primeiro CD Loucomotivo da Cruz e por que esse
nome?
Esse trabalho tem uma marca especial, pois representa um grande passo de fé. Na verdade, eu nunca imaginei que poderia cantar ou sequer gravar algo. Embora Deus tenha confirmado muitas vezes, sinceramente eu não cria em mim mesmo. Por isso o nome LOUCOMOTIVO. Eu falava: ‘Deus, como eu posso fazer isso? Eu não sei, eu não posso’. Deus me fez ver a sua força nesse trabalho.
7. Como você analisa
sua carreira do primeiro disco ao CD Cartas Vivas do Rei em 2010?
São momentos diferentes. O primeiro me marcou, trabalhou muito forte em mim, gerou confiança e aperfeiçoamento. Agora o Cartas é algo incomparável. Novo tempo, mais experiente, maduro e seguro no ministério. Tem sido uma explosão!
8. A proposta de
Cartas Vivas do Rei se baseia em “uma vida fundamentada no Espírito e no poder
de Deus e não na letra. Algo prático, real e não apenas teórico”. Explique isso
melhor.
Em primeiro lugar, gostaria de dizer que não devemos eliminar a letra e sim não viver só a letra, falando e não vivendo o que fala. A Palavra é o nosso fundamento, a nossa base de fé. A visão do Cartas é despertar, cooperar com a Igreja no seu propósito e com os irmãos em sua missão dentro desse propósito. Sabemos que não é pela força ou capacidade pessoal que isso se cumpre. Mas, sim pela vida no Espírito. Por isso temos focado na capacitação do corpo através de conferências e escolas de treinamento.
9. Falando agora do
novo álbum, quando nasceu o projeto de gravar seu primeiro DVD e por que o
estilo eletroacústico?
O projeto surgiu pouco depois do lançamento do CD quando sentíamos as pessoas cantando e o clima que Deus trazia nesses momentos. Isso nos levou também a fazê-lo eletroacústico, pois queríamos um som mais leve com mais sentimento e arranjos diferenciados dos do CD.
10. Gravar na igreja
e num conceito mais intimista é para que os que comprarem possam realmente ver
quem você é?
Também, mas gravar na igreja traz de volta o sentimento de culto, de corpo. A igreja tem seu papel e este papel sempre foi e será muito importante na vida de cada ministro. Todo aquele que sai para cumprir seu chamado deve entender que precisa de uma base, um lar espiritual e a IECBR (Igreja Evangélica Congregacional de Bento Ribeiro) é minha casa. Lá é onde de fato tudo começou!
11. O que o público
pode esperar do novo projeto e qual o balanço que faz da noite da gravação?
O público pode esperar algo de qualidade, algo em que trabalhamos muito para centrar a técnica e a unção em um único caminho e que leve as pessoas ao Rei. A noite da gravação foi algo tremendo, pois tínhamos uma meta técnica e cronológica a cumprir, mas Deus derramou graça e marcou-nos com sua presença. Eu fiquei imensamente grato a Ele por tudo que Ele fez até ali e, principalmente, o que Ele fez ali!
12. Como
conferencista, um dos temas que você trata é “ativar o entendimento dos santos
e à aplicação do discipulado em meio ao desafio da sociedade pós-moderna”.
Quais são esses desafios na sua visão e como superá-los?
Acredito em basicamente dois: o individualismo e o bem estar (ou teologia da prosperidade). O individualismo fere a essência da vida da igreja no contexto de corpo. A proposta, enquanto corpo de Cristo, está fundamentada na necessidade de relacionamentos. Existem práticas na vida cristã que só a comunhão pode gerar. O bem estar ou teologia da prosperidade fere a essência do senhorio de Deus e o fundamento da Cruz. Enquanto Senhor, Deus tem o tempo, o modo e maneira de agir. É exatamente nesses três pilares que Ele trata o nosso homem interior. A cruz fala da perda, entrega e renúncia, fala de seguir o Mestre custe o que custar, de cumprir o Seu propósito, de ter seus valores ajustados e fala sobre amar a Deus acima de tudo.
13. Em resumo: o que
é ser uma carta viva do Rei?
É saber que Deus pode te usar para escrever uma história mesmo que aos seus olhos e aos olhos de alguns pareça que não há mais jeito, que você já foi amassado e rasurado demais. Deus sempre sabe reciclar um ser humano e escrever nele e através dele uma nova história.
Agradecemos a Cleris
Cardoso (GN1tv e Produções) que mediou essa entrevista e ao fotógrafo Thiago Hashimoto que nos cedeu as
imagens.
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