Os admiradores do Diante do Trono começaram a semana
movimentando as redes sociais por conta da divulgação da capa do CD DT 15 – Creio. Não por menos, a capa
foi o “assunto gospel” mais discutido na internet nesta segunda-feira. Durante
um bom tempo, mais precisamente os nove primeiros álbuns da série Diante do
Trono, a arte gráfica dos CDs e as capas como síntese, imprimiam o tema do
álbum através de uma imagem que o representasse. Capas inesquecíveis como a mão
do bebê segurando a mão de um homem em Preciso
de Ti, o nome de Jesus escrito dentro de um coração esculpido no tronco de
uma árvore em Quero me apaixonar, o
chão seco e um frágil ramo verde nascendo em Esperança ou então aquela cruz pálida num ambiente sombrio
esperando para ser carregada em Ainda existe
uma cruz.
Nos últimos anos, desde o CD Príncipe da Paz (o décimo da série),
o ministério preferiu usar fotos do registro de suas gravações na composição de
suas capas. Uma fotografia, quando planejada para carregar um conteúdo e
provocar emoções, pode sim passar sua mensagem e estimular sensações (Sebastião Salgado que não me deixa
mentir). Um dos temas do DT 10 era a
guerra espiritual e temos uma Ana Paula Valadão como que liderando um exército
da paz na capa do CD. No DT 11 – A
canção do amor, que fala sobre resgatar o verdadeiro sentimento que devemos
ter por Jesus, temos uma Ana com roupas de dormir num quarto escuro num gesto
de oração e intimidade com Deus. Em Tua
visão, o décimo segundo da série, ela aparece cantando, provavelmente num
de seus agudos, focando com as mãos o lugar para onde deve se seguir em frente.
Contudo, talvez por influência
comercial, os álbuns Aleluia e Sol da justiça perderam um pouco do
lirismo em suas concepções. As capas desses dois projetos, sendo belas ou não e
isso depende do gosto pessoal de cada um, apenas mostram o nome de um disco e
uma foto qualquer sem dizer muito sobre o que há quando o CD está tocando.
Agora, contrariando o que
acostumou-se a ver nos últimos anos, a vocalista não está na capa do CD Creio. Um efeito de cor meio
alaranjado traz a impressão da cor de púrpura que inclusive é descrita na
Bíblia quando exemplifica a glória das vestimentas de grandes reis do Velho
Testamento. Declaradamente, num trocadilho previsível, o nome do CD dá destaque
à palavra REI. A fonte do nome
aparece de maneira minimalista, um acerto quando na verdade o que se quer
destacar é sua glória acima da multidão através dos fogos de artifício. Não
lembro de outro álbum no gospel com uma capa composta de uma imagem aérea, uma
interessante novidade. A tonalidade escura da imagem como um todo, que só é
quebrada pelos fogos, também é uma ousadia num tempo em que tudo, tanto textos,
quanto imagens, são cada vez mais ralos, simples, mastigados, lisos e sem
graça. Só um detalhe: o conceito do álbum, que é a capacidade de crer naquilo
que ainda não se vê não é expresso com tanta clareza. De que maneira um
sambódromo lotado e luzes ao fundo pode me fazer crer num invisível que existe?
Talvez não seja uma regra colocar na capa um resumo visual do que é cantado
dentro do CD, mas boas obras de arte conseguem traduzir num risco uma
enciclopédia inteira. Creio será
lançado em breve e todos poderão curtir esse que é o segundo CD da nova fase do
Diante do Trono.
achei que o efeito dos fogos lembra a estrela de ponta cabeça, simbologia da nova era...
ResponderExcluirficou diferente gostei
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