22 de julho de 2010

Na intimidade de Abilio Varella

Por Rafael Ramos – Fotos e vídeos: Enderson Santos


Quarta-feira – 22 de julho. Nossos repórteres Rafael Ramos e Enderson Santos partem para o West Shopping, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, para se encontrarem com Abilio Varella que mora na região há dois anos. A conversa foi marcada para as 19h, mas, devido a alguns atrasos no trânsito, começou um pouquinho mais tarde. O bate-papo foi feito em duas partes. Primeiro na Praça de Alimentação do shopping onde, mesmo com a fita enrolando no gravador ou a pilha da câmera descarregando, o bom-humor de Abilio permaneceu o mesmo. A proposta era falar sobre a carreira desse cantor, compositor e produtor, mas a entrevista acabou indo mais fundo na intimidade do artista que até ensinou os segredos de como se manter jovem e garantir a felicidade no relacionamento. De lá partimos de carro para a casa do cantor onde tivemos a chance de ouvir várias composições escritas ao longo dessa caminhada (e olha que já somam mais de 2000 canções) e conhecer Juliana, esposa de Abilio que está grávida de Ana Laura, primeira filha do casal. No fim do “expediente” ainda conhecemos o lado humorista do casal e, diferente do que acontece no Brasil, o papo acabou em bolo de cenoura com chocolate.


1. Em sua biografia, você disse que foi descoberto pela Denise Cerqueira após 17 anos de ministério, mas como foi realmente o começo da sua trajetória?
Abilio Varella era um bancário que trabalhava no Banco Itaú e tinha uma carreira promissora. Eu era caixa e estava próximo de pegar uma promoção de tesoureiro com benefícios como ticket-refeição, auxílio-transporte, plano de carreira. Deus começou a me incomodar na questão de trabalhar com ministério, sempre gostei de música desde criança e quando me converti aos 17 anos, comecei a frequentar a Igreja Batista de São João de Meriti onde morei desde que eu nasci e me convidaram para compor uma música porque naquela época tinha muito festival de música e muitos cantores surgiram de festivais. Nunca tinha feito música e naquela época a música evangélica não tinha a repercussão que tem hoje. Peguei papel e caneta e comecei a trabalhar naquela proposta e saiu uma música muito parecida com Eduardo e Mônica do Legião Urbana. O rapaz falou que s e agente apresentasse essa música, seríamos excluídos e processados. Então mudei a melodia, ficou mais lenta e foi apresentada no festival e tiramos terceiro lugar. Hoje tenho uma média de 2000 canções, componho desde 1986 e até antes de começar a trabalhar profissionalmente com a música, eu tinha tempo para compor. Daí para cá não parei mais de compor até o dia em que comecei a trabalhar em igrejas foras da minha até surgir convites para fora do Rio quando começou a ficar difícil porque eu trabalhava no banco. Foi quando Ele tocou no meu coração e abri mão do meu emprego para trabalhar com louvor e comecei a sair pelas igrejas com meu violãozinho porque não existia play-back ainda. Comecei a projetar o CD porque sempre tem aquele amigo que fala: ‘Rapaz, vamos gravar um CD’. E naquela época era fita e LP (Tá parecendo que sou bem velho, né?).
2. Como você conheceu Denise Cerqueira e qual a importância que ela teve em seu ministério?
No ano de 1993, eu fui cantar em um ponto de pregação em São Mateus, que antes era um centro espírita, e o pastor era muito meu amigo e me convidou para participar da inauguração. Cheguei lá, quem estava lá? Denise Cerqueira que já era uma cantora conhecida. Puxei o louvor da igreja com meu violão, cantei algumas músicas minhas e no final do trabalho a Denise veio conversar comigo, me elogiou e perguntou de quem eram as músicas. Falei que eram minhas e ela disse que estava montando um repertório do segundo CD pela Line Records e gostaria de ouvir uma coisa minha. Fui na casa dela e começou a amizade. Ela ia gravar quatro canções, mas no decorrer do fechamento de repertório chegamos a colocar voz nas minhas músicas. Depois de três meses, veio meu aniversário em junho e ela foi na minha casa e cheguei a mostrar outra música que foi Nunca diga adeus que está no CD Sempre te amei da Cristina Mel e Liberdade de Israel também. Ela viajou uma semana depois do meu aniversário para o Piauí e foi quando aconteceu aquele acidente. Eu pensei que acabou tudo porque a Denise foi uma pessoa que estava me ajudando e me apresentava como compositor e cantor. Ela falou de mim para a Cristina Mel e a Maurizete Catarina que me procuraram e a Cristina gravou o CD sempre te amei com sete canções minhas e depois surgiu Jozyanne, Voices e depois veio a Cassiane, Elaine de Jesus, Danielle Cristina, Rozeane Ribeiro, J. Neto. Paralelamente vim projetando os meus CDs, estou no quarto independente, meu terceiro foi pela Clevan Music que é uma gravadora aqui de Campo Grande onde tinha eu, Cristina, Rose Nascimento, Meyre e Moisés e Promises.
3. Como foi esse período na Clevan Music?
Vejo apenas como uma experiência porque na época em que entrei foi uma época de conflitos de sociedade dentro da gravadora. O sócio que tinha o poder aquisitivo maior saiu da sociedade e os dois que ficaram não tiveram estrutura para continuar. Ter nomes pesados necessita de uma divulgação e distribuição. Se não tinha para eles, imagine para nós.


4. Você fez algum preparo para se lançar na carreira musical?

Rapaz, existem pessoas autodidatas que têm uma facilidade de aprender, assimilar e desenvolver. Quando eu tinha seis anos, adorava ver filmes de Elvis Presley, Jerry Lewis, Gene Kelly e eu ficava em casa fazendo de conta que estava fazendo programa. Depois vim aprender violão na igreja depois de convertido por volta dos 15, 16 anos e me envolvi com a música. Fui desenvolvendo isso em mim, tive três aulas apenas de violão e depois comprei aquelas revistinhas de cifra. Nunca estudei canto, não sei ler uma partitura, mas tenho ouvido. Você pode cantar qualquer música para mim que consigo te acompanhar de ouvido.
5. Você é bem eclético. Já compôs música infantil, pentecostal, romântica, de adoração... Como faz para compor? Tem alguma espécie de ritual?
Interessante que todo mundo me pergunta isso: tem algum ritual? Te confesso que hoje não, mas quando quero compor alguma coisa em especial preciso de silêncio absoluto. Recebo muitas inspirações assim: de repente estou aqui com você agora e me vem uma ideia e sou obrigado a te interromper. Já adquiri um celular que grave voz porque já aconteceu de estar na rua e vir uma inspiração melódica e eu tenho que gravar porque senão você perde o fio da meada. Já aconteceu de eu acordar de madrugada e minha esposa se assustar. Eu desço, vou ao celular, pego o violão e gravo aquela ideia para depois trabalhar. Quando eu quero compor algo bem diferente, peço a Deus uma inspiração especial, mas sempre vem do dia a dia, gosto de pegar situações corriqueiras.
6. Tem alguma composição muito diferente do que você já fez?
Quando digo diferente não é nem estilo musical. Tenho uma diversidade de estilos, já compus até funk para um cantor independente e tenho que ser aberto a todos os estilos. Teve uma época da minha vida em que achei que todas as minhas composições eram iguais porque eu era preso a um estilo musical e comecei a ouvir outras coisas e meu leque foi se abrindo. Uma das músicas especiais que fiz de diferente está no meu terceiro CD – Ultrapasse seus limites – que é uma mistura de música espanhola com hip hop.


7. Música hispânica com hip hop? Como surgiu essa mistura?
Eu gosto muito de adquirir CDs e hoje com a Internet ficou mais fácil de conhecer música. Eu comprei um CD que era um tributo a Phil Collins. Como evangélico não sou impedido de ouvir outra música até porque, como profissional da área, tenho que estar atualizado. Nesse tributo a Phil Collins, um dos maiores músicos que nós temos, tinha uma versão de uma música lenta com castanholas e violão com a batida do hip hop e eu queria compor uma música assim. A princípio compus essa música para apresentar para a Pamela só que eu amei e decidi gravar. Depois que a Pamela ouviu, ela achou interessantíssima e falei que ela podia regravar.


8. E como é seu lado produtor?
A gente vai aprendendo com as experiências da vida. O meu primeiro CD foi um desastre porque eu não conhecia nada de estúdio. Eu conheci um estúdio porque fui participar de uma gravação de Natal da Igreja Batista Nova Filadélfia e eu compus a canção de Natal e algumas pessoas do grupo de louvor foram convidadas para gravar no estúdio em um estilo We are the world e o cara do estúdio me ofereceu para fazer meu CD só que na época fiz um trato com ele. Dei meu carro que era um Chevettinho 76 que tinha acabado de arrumar e ele me daria a matriz. Uma matriz hoje leva três meses e eu levei dois anos para pegar minha matriz, o cara me enrolou, o que ele tinha me mostrado não era o que tinha feito. Caí no conto do vigário e faltaram três músicas e quando surgiu o Chama eterna que foi o ponto de partida para que tudo começasse na Line Records com quem tenho um relacionamento de 11 anos e estive quase perto de gravar. A partir do terceiro CD é que eu comecei a me aprofundar na área de produção porque eu não tive liberdade de escolher as músicas e como eu queria gravar nos meus outros CDs o que me frustrou. Depois de ter ultrapassado todos os meus limites, aprendi a lidar com a produção e conheci um grande amigo que é o Anderson Gomes de Nova Iguaçu que sempre capta minhas ideias e dá opinião sem que cause conflito. Ele é uma pessoa que Deus colocou na minha vida e fizemos o Ultrapasse seus limites e o Levantado do pó. Depois as pessoas começaram a perguntar quem produziu meus CDs e comecei a produzir CDs de outros cantores. O único de renome em que participei foi o da Beatriz onde gravei duas canções com ela: Ele é meu Senhor e A árvore da cruz. Fizemos um dueto e foi bom para o currículo. Recentemente fiz de uma cantora do Paraná – Ana Fonseca – e vem outros por aí e isso toma muito tempo, mas dentro das possibilidades eu produzo também.
9. Você falou que, em seu novo CD, deseja gravar outros compositores. Quais são os seus favoritos?
Ah, cara, tem tantos. Tem meu amigo Davi Sacer. Amo muito a forma de ele compor e ministrar e no CD Levantado do pó ia ter uma música dele, mas eles foram para o Japão e não deu para esperar eles voltarem. Nesse próximo quero trazer músicas dele, David Cerqueira, Davi Fernandes, Luiz Arcanjo, David Quinlan, Fernandinho. Não quero pouco não, quero uma coisa bacana, quero saber como é interpretar músicas de outros colegas porque tem uma diferença. Além desse CD novo, tenho um projeto de gravar um CD de músicas minhas gravadas por outros colegas com a participação deles. Então, eu pego a Cassiane e gravo Celebrando a Cristo, Cristina Mel e gravo Liberdade de Israel.
10. Seria um Abilio Varella e amigos?
Tipo isso, mas não ia usar esse título. Abilio Varella e amigos é uma coisa muito usada, mas eu quero trazer esse projeto e vai ser uma coisa muito bacana e enriquecedora e uma experiência nova para mim.


11. Gravar versões de sucessos internacionais virou moda. Você acha que isso enriquece a música brasileira ou tira um pouco da nossa característica?

Não tenho nada contra versão porque até já fiz algumas sob encomenda. Eu não sou muito fã de versão porque nós temos vários profissionais de composição que podem criar uma música inédita. Quando você faz versão, você acaba vestindo com uma outra roupa o que já foi vestido e cantar na língua inglesa é muito melhor do que na língua portuguesa. Eu quando componho, procuro usar palavras que fiquem bonitas na hora de cantar a pronúncia. Às vezes você canta uma coisa e vira outra palavra gerando uma cacofonia. Acredito que versão é falta de ideia, preguiça para compor uma melodia. Não tenho nada contra, eu particularmente não gosto, mas acho que dá mais um tempero porque todos os músicos brasileiros têm referência internacional. Tem muita versão hoje de Hillsong, Third Day e Casting Crowns, tanto que meu próximo CD vai vir aí com umas pegadas de Third Day e Casting Crowns. Eu aprendi a gosta dos caras.
12. Nessa correria toda, tem tempo para cuidar de você mesmo?
Às vezes não. Minha esposa fala que eu cuido muito do meu ministério e me esqueço de mim. Tenho que cortar o cabelo porque se não fico parecendo o Wolverine, às vezes me esqueço de comprar uma camisa nova, um sapato. Tenho um sapato que abriu na ponta com minhas andanças porque na minha época sem carro tive que ir andando porque acho que o verdadeiro adorador não deve ter limites e hoje muitos só querem andar de carro com ar-condicionado. Nós vivemos no meio de uma geração corrompida e eu vou de ônibus. Qual o problema? Às vezes me esqueço de cuidar de mim mesmo, mas uma coisa que não esqueço é pegar sempre a Bíblia porque também gosto de levar uma Palavra porque o pessoal está lá esperando alguma coisa de você.
13. E o que você gosta de fazer nas horas vagas?
Gosto de dormir, assistir um bom DVD musical, um bom filme. Minha esposa Juliana tinha uma locadora e aprendi a amar filme com ela. Gosto de ouvir bastante música para enriquecer meu vocabulário musical. Gosto de comédia romântica, ação, terror também é muito bom. Não gosto muito de drama, depende do drama. Tenho uma coleção de filmes em casa.
14. Você é um romântico à moda antiga?
Eu misturo um pouquinho da moda antiga com os dias de hoje. A gente vai ficando mais velho, o tempo vai passando e a gente vai aprendendo a observar e ver coisas que achava que era bobeira. Aprendi a deixar aflorar o meu lado feminino e foi o que conquistou a minha esposa. Reparar que trocou a cor do esmalte, que ela fez um corte diferente e a maioria dos homens não percebe isso. São segredos que se a maioria dos homens prestasse atenção haveria menos separações e menos violência doméstica. Eu me considero um cara romântico e tem muitos homens que acham que ser romântico não é coisa de homem o que não tem nada a ver. Ser romântico é ser um homem de verdade. A próxima música romântica que virá em meu próximo CD será em homenagem à minha esposa que já participou comigo em duas canções no CD Levantado do pó que são Buscarei a Tua vontade e Fiel pra cumprir.
15. Você já é pai da Hellen (21 anos) e do Kevin (12 anos) e está para chegar a Ana Laura. Está pronto para trocar fraldas e perder noite de sono outra vez?
Até brinquei com minha esposa porque quem vai acordar é você, mas eu vou ajudar. Já é o terceiro e não sou mais um marinheiro de primeira viagem, já sei onde não errar, os atalhos a pegar para não entrar em determinadas situações. Vou tirar de letra!
16. Você enfrentou a famosa crise de meia-idade já que está na fase dos 40?
Obrigado por me lembrar (risos). Rapaz, eu ouvi muito falar disso, mas até agora eu me sinto um garoto. Sou um moleque! Eu subo em árvore, eu dou susto nos outros, subo nos muros, corro atrás de pipa para o meu filho, gosto de musculação, mergulho, vou para a praia com máscara e aquele pé-de-pato. Me considero um garotão, ainda não parei para pensar nessa questão de que estou chegando nos 50 ou 60. Sabe que eu acho que nunca vou envelhecer? Não me aborreço com qualquer coisa, não consigo me ver velho de cabelo branco e rugas. É isso que faz a pessoa ficar jovem durante muito mais tempo e, é claro, Deus na nossa vida.
17. Você aniversariou no dia 21 de junho e tem alguma coisa que ainda falta se realizar em sua vida e no seu ministério?
Tem muita coisa. Eu quero sair do Brasil, tem muitos estados brasileiros que não conheço. As minhas músicas já atravessaram fronteiras de outros países. Tenho canções com cantores de outras cidades como Danielle Cristina, Elaine de Jesus e Suelen de Jesus, cantores independentes que moram lá. Tenho no Canadá, Suíça, Japão, México, Espanha, Estados Unidos e é um projeto que ainda quero concretizar. Quero levar minha família porque tenho parentes da família do meu pai que moram em Portugal que eu ainda não conheço. Quero fazer um big evento para arrecadar alimentos para ajudar uma instituição. Quero atingir ‘fama’ para poder ter os meios para trazer público e arrecadar recursos para quem precisa. Tenho uma ideia de uma vez por mês visitar uma igreja que não tem condição de receber um cantor artista para levar a Palavra de Deus através do louvor e da palavra como se fosse um dízimo do meu ministério porque já fui abençoado em igreja pequena e conheço muitos cantores que hoje são famosos e começaram em igreja pequena e não vão mais. Fui cantar ontem na Assembleia de Deus Reunião dos Santos e é uma igreja bem pequena e fui lá sem cobrar nada, abençoei e fui abençoado.


18. Tem desejo de gravar um CD em espanhol ou inglês?
Pra que? Pergunto-te eu: Hillsong já gravou algum CD em português? E todo mundo compra o CD deles. Estão entendo o que estão cantando? A não ser que saibam inglês ou leiam na legenda. Vou gravar na minha língua mãe. Eu só sei falar a palavra inglês. Eu não tenho pretensões, mas talvez em espanhol. Se surgir um dia e for a proposta da gravadora, vou fazer com amor, mas não é um sonho.
19. Como fazer para ter Abilio Varella na igreja ou evento?
Muito fácil. Tem o email abilio@ministerioabiliovarella.com.br e os telefones (21) 3317-0590 / 9633-1664. Iremos com prazer indo às igrejas ou eventos com banda ou sem banda e a gente vai fazer a obra do Senhor em todos os lugares. Culto de criança eu nunca fui porque tenho até trauma de festa de criança porque uma vez tomei bolada na cara numa guerra de crianças (risos). Já levei pisão no pé e banho de refrigerante. Já fui cantar em uma festa de adolescente em São Paulo onde fui convidado por um empresário que não era crente. Cantei e aproveitei para pregar a Palavra.
20. Então, esse é o Abilio Varella.
Simples, tendo lagosta ou caviar está ótimo. Não tenho grandes frescuras, nada de toalhinha branca, frutinha exótica, um lugar reservado só para mim sem poder tirar foto. Sou povão mesmo, aprendi com a Denise, a Denise era assim.


2 comentários:

  1. Abilio Varella é um abençoado e abençoador de vidas através das letras de suas canções! Que Deus seja sempre ao seu lado e no andar com ele!!! Parabéns pela ótima entrevista Gospel no Divã!

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  2. O Abilio Varella, hoje, é pra mim, um dos maiores cantores e compositores da musica evangélica. Em meio a tantos ai que se dizem "Levitas do Senmhor", e na verdade nem sabem o que é ser um levita, levando uma vida de artista ganhando dinheiro fácil, as custas da fé das pessoas, o Abilio tem compromisso com a palavra de Deus, e é verdadeiramente um servo. Muityas gravadoras estão perdendo de ter alguém como ele em sus castings, é uma peana, mas alguém terá visão de Deus, e com certeza contratará este admirável profissional e homem de Deus!!

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