7 de junho de 2011

Nos bastidores da Marcha para Jesus

Uma multidão se aglomerou no palco montado na Cinelândia para assistir as atrações da Marcha para Jesus no Rio de Janeiro
Mais de 200 mil pessoas reunidas na tarde do último sábado (04) lotaram as ruas do Centro do Rio na Marcha para Jesus. Organizado pelo Conselho de Ministros do Estado do Rio de Janeiro (COMERJ), o evento contou com grandes nomes da música evangélica no Brasil e com a cobertura de vários veículos de comunicação, incluindo a Rede Globo que transmitiu flashes no RJTV – 2ª edição e no Jornal Nacional.

Com sete trios elétricos, comandados pelo trio da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, a passeata começou na Central do Brasil, percorreu grande parte da Avenida Presidente Vargas e seguiu pela Rio Branco até o palco armado na Cinelândia. A PL 122 estava na boca do povo e gritos de guerra contra o projeto que concede direitos aos gays foram ouvidos durante o trajeto. Apesar dos rumores de que ativistas da causa homossexual fariam um protesto durante a manifestação, tudo correu com tranquilidade. O povo que trabalhou nesse dia se mostrou solidário à causa da família brasileira.

Entretanto, houve muitos pontos negativos em relação à organização do evento que teve o apoio da Rádio 93 FM e do jornal Meia Hora. Apesar de terem feito credenciamento com semanas de antecedência, os jornalistas foram impedidos de executar sua função. Representando o Gospel no Divã, eu e Marcelo Peredo, além dos repórteres Wagner Mendes (Notícias Expressas), Kadu Lopexx (Cult H2O) e a equipe do Canal CJC (filiado à RIT TV), fomos barrados por integrantes da produção de entrarem no palco para registrarem os melhores ângulos dos cantores. Até mesmo o repórter Rogério Coutinho (Rede Globo) teve problemas na hora de trabalhar.

Apesar das inúmeras tentativas de Henrique Alves, que atuou como assessor de imprensa do evento, os esforços foram em vão. De repente o que se viu foi uma guerra de egos. Pessoas que nem credenciadas estavam tiveram acesso livre ao palco e aos camarins, do contrário de quem estava ali para trabalhar. Crianças foram vistas brincando no local do show. Pelo menos, os cantores se mostraram solícitos, atendendo à imprensa e posando para fotos.
Sem poder entrar no palco, o jeito foi fazer fotos dos cantores de costas

Mas nada se comparou ao que aconteceu com a Banda NS-Thea. Com influências do pop-punk, os meninos foram os vencedores de uma promoção promovida pela Rádio Gospel FM que levaria uma banda independente para tocar no palco da Marcha para Jesus. Mesmo mobilizando amigos e familiares e com grande expectativa, a NS-Thea foi praticamente descartada do evento. Pelo twitter, eles reclamaram do que aconteceu:


Um dos integrantes da equipe de produção informou ao repórter Kadu Lopexx, que acompanhava a banda juntamente com o fotógrafo Emerson Carmo, que a Rádio 93 FM havia proibido a apresentação da banda. Como deve ser o bom jornalismo, entrei em contato com a assessoria da MK Music, representada por Alomara Andrade, que explicou o ocorrido:


Foram várias as vezes em que o Gospel no Divã tentou argumentar com a produção que agia mais como seguranças. Ao me aproximar de um dos camarins, um rapaz chegou a ficar me seguindo até que eu voltasse para o palco. Em dado momento, tentei entrar no palco e fui impedido mais uma vez, mas, quando uma garota sem credencial pediu para entrar no palco para tirar foto. A mesma pessoa que me emparreirou, permitiu que ela entrasse.

Não dá para negar que a Marcha teve sua grandiosidade e ofereceu um bom divertimento à população e mostrou a força dos evangélicos. Porém, esperamos que na próxima edição eles façam valer o que está escrito no site: expressar ao mundo a COMUNHÃO dos cristãos. Não podendo trabalhar como queríamos, eu e Marcelo saímos de lá por volta das seis da tarde. O real horário em que Fernanda Brum se apresentou. Diferente do que a Globo noticiou cujas imagens exibidas foram só uma encenação. A cantora subiu ao palco no começo da noite ao som de Máscaras (muito conveniente por sinal).


Agradecemos a Henrique Alves e Alomara Andrade, assessores de imprensa da Marcha e da MK Music respectivamente, que prontamente atenderam nosso contato. Deixamos aqui um espaço aberto à organização do COMERJ que, apesar do nosso email, até agora não deu nenhum retorno.

2 comentários:

  1. MEU BROTHER A VERDADE É A SEGUINTE: Os interesses dessa "Marcha pra Jesus" foram e são outros, a elite do gospel estava lá tão somente para se promover, da mesma forma como é em 99,9 dos eventos gospel. E digo mais, essa banda que "ganhou o concurso" não se apresentou porque são pequenos e fzeram sim uma manobra pra que fossem barrados e rejeitados, o que comumente acontece com quem é independente e/ou não é famoso. E mais, espera só um pouquinho que veremos Silas Malafaia na política e/ou colocando mais "familiares" no congresso, tenho certeza disso, absoluta é tudo manobra estratégicamente política.

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  2. A Marcha não é para Jesus Cristo? Para revelar ao povo o Verdadeiro Amor de Jesus com cada ser humano? Então, porque eles agiram ao contrário, demonstrando tamanha falta do VERDADEIRO AMOR DE JESUS, como Ele próprio nos manda em Mateus 19.19? Infelizmente e com tamanha dor, tenho que concordar com o comentário da pessoa que escreveu acima: " Os interesses dessa 'Marcha para Jesus' foram e são outros, a elite do gospel estava lá tão somente para se promover... É tudo uma manobra estratégicamente política. " SENHOR, ACABA O SHOW E RESTAURA O VERDADEIRO LOUVOR QUE É SOMENTE PARA TI!!

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