16 de agosto de 2013

“O tempo sempre dá razão aos justos”

Prestes a completar 25 anos de carreira e com cerca de três milhões de CDs e DVDs vendidos, a Banda Catedral foi uma das percussoras do rock no cenário gospel nacional nos idos de 1988 com o LP Você. Formada atualmente por Kim (vocal e guitarra), Guilherme (bateria) e Júlio Cezar (contrabaixo) desde a morte do guitarrista Cezar em 2003, a banda assinou com a Sony Music Gospel e está cheia de planos para a carreira como a produção do projeto comemorativo pelo tempo de carreira. Isso e muito mais você confere nesta entrevista exclusiva que a banda concedeu ao Gospel no Divã onde falou sobre esses 25 anos de carreira, os próximos projetos para a banda e também os solos, a importância dos fãs e inclusive sobre a polêmica envolvendo a antiga gravadora MK Music. Leia e confira CATEDRAL SEM CORTES:

1. Como é ser considerada uma das bandas pioneiras do rock cristão no Brasil na década de 80?
Na verdade somos do final dessa década! A Banda Catedral começou em 1988 lançando seu primeiro LP na época chamado Você. Tudo aconteceu muito rápido para a gente em termos de sucesso e nos sentimos muito tranquilos prestes a fazer 25 anos de carreira. Nosso trabalho nunca foi tão atual.

2. Que balanço vocês fazem da carreira e como se veem hoje depois de tanta coisa que viveram no cenário musical?
Essa pergunta é quase uma continuidade da outra. Conseguimos ótimos resultados em toda a nossa carreira: são cerca de três milhões de CDs e DVDs vendidos e muitas felicidades, mas com algumas tristezas, o que também é uma coisa normal em toda grande jornada. Nos sentimos muito bem em termos de trabalho dentro do mercado... Nossa música sempre foi atemporal e a cada ano prova isso na prática. Quando optamos por qualidade e conteúdo fizemos uma escolha audaciosa e definitiva, não estamos preocupados com quantidade e unanimidade, mas sim com qualidade e mesmo assim temos uma bela quantidade de fãs que formam opinião e isso é muito importante, por isso a banda esta de pé e bem até hoje.


3. Um dos assuntos que muito se falou na carreira de vocês foi o processo movido contra a MK após os boatos infundados que foram veiculados em 1999 de que vocês não tinham compromisso cristão e a banda ganhou essa causa. Como foram esses momentos e de que forma toda essa história se reflete em toda a carreira do Catedral?
Um processo de danos morais que ganhamos após instâncias na Justiça com 12 anos de espera. Segundo o nosso advogado, eles não têm como recorrer mais, ou seja, a vitória é nossa graças a Deus, pois a verdade sempre esteve do nosso lado. Bem, vamos lá: na verdade esse boato se resume a uma entrevista que fizemos em 2001 para um site que nem existe mais onde fomos brutalmente deturpados (aliás, coisa que acontece com muitos artistas). Existem ‘jornalistas’ e jornalistas, sempre foi assim... Na época, essa tal entrevista foi retirada desse mesmo site em dois ou três dias (era pra ficar uma semana e em destaque na primeira página), pois reclamamos dos absurdos que foram colocados, mas esse ‘grupo poderoso’ dentro do meio gospel pegou essa entrevista deturpada, avalizou de próprio punho toda aquela atrocidade e mentira e divulgou aos quatros ventos de várias maneiras dando credibilidade a uma mentira deslavada com intuito único de acabar com a nossa carreira. Na verdade fomos ‘demonizados’ por essas pessoas e por grande parte do público gospel. A calúnia chegou ao ponto de uma inquisição brutal onde quase todos nos julgaram sem nenhum direito a defesa. Desde 2001 nossos trabalhos nesse grupo (tínhamos 11 matrizes entre Catedral e Kim) pararam de ser vendidos em todo Brasil. Nossa imagem foi abalada e muitos líderes, promotores de shows, rádios, pastores e etc. entraram nessa onda de destruição ao Catedral, isso tudo sem prova alguma cabível em mãos. Apenas por uma entrevista deturpada, mentirosa, caluniosa que negamos desde o início, mas que infelizmente ninguém nos ouviu. Nossas vidas pessoais foram atingidas de forma direta no nível moral e econômico/financeiro de vida, perdemos shows, CDs vendidos e etc. O que mais me deixa perplexo até hoje é que fomos artistas desse forte grupo por seis anos e eles nunca tiveram um senão para falar da gente. Nossa conduta profissional sempre foi exemplar, mas não nos deram nem o benefício da dúvida. Nos crucificaram em praça pública numa atitude impiedosa, inescrupulosa e mal-intencionada que só não acabou com as nossas vidas profissionais porque Deus estava sempre do nosso lado e Deus sempre teve um plano para a Banda Catedral. Sempre foi assim... Mas imagine como a gente ficou? Por isso acho que temos que divulgar sim que ganhamos. A vitória é nossa porque simplesmente sempre fomos inocentes em relação a tudo isso que aconteceu, pois nunca houve provas contra a gente. Muito pelo contrário: fomos nós que provamos que não fizemos isso. A Justiça foi feita e nos deu ganho. Acabou! Seria legal que toda essa gente que falou mal da banda ou que fez algo contra pudesse ter a humildade e a dignidade de repensar e de se retratar, pois errar é humano, mas persistir num erro terrível como esse é pura crueldade.

4. Sentem algum arrependimento?
Nenhum em termos ideológicos! Somos muito coerentes, graças a Deus! Pra te dizer a verdade apenas de algumas vezes insisti em escolher a música de trabalho (risos). Nem sempre acertamos! Por isso não fazemos mais isso!


5. Como iniciou esse relacionamento com a Sony e como é para a banda estar numa gravadora desse porte?
A banda sempre esteve em grandes gravadoras e tivemos períodos vitoriosos em todas elas. Na Pioneira no inicio de todo o movimento, depois na MK Music numa fase muito boa. Entramos na Warner/WEA e ficamos por cerca de três anos sempre com bons resultados, depois veio a Line Records/Record Music/New Music por quase sete anos também de muito sucesso, mas estar na Sony Music é uma felicidade muito grande até porque já deveríamos ter estado desde 99/2000, mas isso é assunto para outra entrevista (risos).

6. Quais projetos estão por vir a partir dessa assinatura com a gravadora?
Saiu agora o CD M.I.M da Banda Catedral que nós tínhamos lançado numa edição limitada  apenas via redes sociais e no nosso site em 2012 no formato de um livro de luxo – o Álbum Azul – com um CD de brinde. CD que já iríamos lançar depois do livro para todo o nosso público ter acesso. Com a assinatura ficou ainda melhor, pois a Sony pegou esse CD que é totalmente inédito para uma distribuição nacional. Vem ai também meu novo CD solo chamado Intimidade Sonora que é um projeto diferente de tudo que fiz onde os arranjos valorizaram as interpretações dando uma sensação gostosa de total intimidade com as músicas. Um CD para se ouvir e relaxar. E também em breve estaremos gravando o projeto mais esperado: os 25 anos da Banda Catedral que também será lançado pela Sony Music em formato de DVD e CD ao vivo. O nome desse projeto será Catedral 25 anos = Música Inteligente Ao Vivo.

7. Vocês sempre mostraram um lado politizado em suas músicas como ‘A revolução’ e ‘No meu país’. Como vocês veem o atual momento pelo qual o país está passando? Essas manifestações já inspiraram alguma nova canção?
Acho que já fizemos muitas canções nesse sentido, mas sempre pode aparecer alguma coisa... Aliás, fomos os primeiros a fazer isso dentro do gospel. São dezenas de músicas ‘sempre com uma linguagem bem à frente do seu tempo’, por isso são tão atuais... Mas fico feliz que muitos tenham finalmente acordado até porque nesse sentido nos sentíamos sozinhos num mundo de muito sono ao nosso redor.

8. A ida de vocês para a Warner refletiu também em seu trabalho ao sermos apresentados a clipes muito bem produzidos e com participação até mesmo de atores conhecidos na teledramaturgia. Como comparam o que é feito no secular e no gospel dentro da indústria do audiovisual?
Não somos muito a favor de rótulos, por isso mesmo não fomos bem compreendidos quando dissemos em 2000 que ‘nossa música era Para todo mundo (título do primeiro CD da Warner)’. Sempre fomos a favor de desrotular o trabalho para que o mesmo fosse alcançado por mais pessoas. Imagine como isso era complicado em 1999/2000? Pois é, mas fora isso, acho que tudo tem que ser feito com qualidade independente de mercado e tenho certeza absoluta que demos uma significativa contribuição direta e em alguns casos até mesmo de forma indireta, mas da mesma maneira forte e consistente para o mercado gospel. Nunca antes uma artista com origem no mercado gospel tinha produzido clipes daquela qualidade indicados para prêmios como o Multishow de 2000 e os VMBs da MTV Brasil de 2001, 2004 e 2005. Enfim abrimos portas em vários sentidos... Hoje tudo é muito mais fácil, porque apanhamos muito (risos).

9. No exterior vemos que é comum bandas gospel como P.O.D. e Third Day adotarem a prática do crossover em que romperam a barreira entre o gospel e secular. Apesar de isso ser bem aceito nos Estados Unidos, acham que o público cristão brasileiro está pronto para isso?
Nós conseguimos isso e dentro do rock nacional em uma época intensa do mercado. Em 2001 fomos a banda de rock mais votada na MTV Brasil e o single Eu amo mais você foi primeiro lugar em quase todas as rádios rock desse país. Depois repetimos com Tchau e Quem disse que o amor pode acabar? já na Line... Acho que a mentalidade do público de pop/rock evoluiu muito no gospel e não vejo problema em relação a isso. Difícil é ter essa abertura dentro do grande mercado, pois requer muito investimento e isso não mudou nos dias de hoje.

10. Paralelo à banda, vocês têm seus projetos particulares como Kim que está para lançar seu novo álbum pela gravadora. Como o projeto foi concebido e como se definiu o título – Intimidade Sonora – e todo repertório?
Pois é, já falei um pouco dele mais acima. É um projeto esteticamente diferente de tudo que fiz em minha carreira, onde os arranjos (produção musical primorosa do meu brother Júlio), as texturas, os instrumentos usados valorizaram todas as minhas interpretações dando uma sensação agradável de total intimidade com as músicas. Neste CD gravei sete músicas inéditas e oito regravações especiais, sendo que a maioria nunca tinha regravado. É um projeto que eu gostei muito do resultado. Espero que o público o curta bastante.

11. Ainda na Line Records, Júlio lançou um álbum instrumental – O último duo. Você pretende dar sequência ao projeto ou aquele CD foi algo de momento? E como foi produzir seu irmão nesse novo CD?
O CD O Último Duo que eu lancei pela Line Records era algo que eu queria terminar desde que consegui os arquivos de uma gravação que havíamos começado a fazer num estúdio e neles tinham algumas guitarras guias do meu irmão Cezar gravadas. Eu achei que o público que curte o meu trabalho como músico e que curtia também o do Cezar e é claro os milhares de fãs da Banda Catedral gostariam de ter essa lembrança guardada. Como músico, adoro poder tocar coisas diferentes e já estou na fase final de mixagem de um projeto todo de jazz onde só toco com o baixo acústico. Nele toco alguns standards de jazz tradicionais e algumas composições minhas e algumas músicas já estão disponíveis para ouvir no SoundCloud. Já produzir meu irmão foi ótimo, ele me deu total liberdade para mexer nas músicas, pude construir e em alguns casos desconstruir arranjos. Quando se está produzindo alguém é legal você ter uma conexão com o trabalho desse artista, saber seus gostos musicais para poder conceber arranjos novos e ao mesmo tempo eles soarem já um pouco familiar aos ouvidos do artista e isso aconteceu nesse CD. Também acho que é mais fácil de trabalhar em músicas bonitas de se ouvir e esse CD para mim é assim bonito de se ouvir, não é somente um CD de músicas e sim de canções podem parecer à mesma coisa música e canção, mas hoje tudo é chamado de música até mesmo o que não é música é tratada como tal, mas as canções são diferentes, têm melodia, poesia, elas têm alma, perduram com o tempo, esse CD é um CD de canções. Para mim foi um presente poder estrear como produtor de um mega artista como é o Kim, super compositor e possuidor de uma voz incrível. Acho que até hoje para mim a maior voz romântica da música gospel de todos os tempos.

12. E nessa nova fase, teremos um Catedral mais roqueiro ou romântico?
Teremos sempre uma Banda Catedral equilibrada! Nosso rock sempre foi mais harmonioso e melódico do que hard/pesado, mas sempre haverá lugar para o hard também.

13. Como avaliam o rock cristão feito atualmente e que dica daria para os novos Rockeiros de Cristo?
Não conheço bem, mas já gostei de ‘algumas posturas’ em termos de trabalho que vi por aí. Na verdade posturas essas bem inspiradas na gente, queiram admitir ou não (risos).

14. Se pudessem escolher uma música do Catedral para ser o tema desse atual momento, qual seria e por quê?
São tantas músicas, tantos sucessos nesses quase 25 anos de carreira que escolher apenas uma me dá sensação de ser injusto, por isso acho que é melhor apenas dizer que o nosso momento é especial, pois a verdade prevaleceu e estamos de pé com sucesso e mais uma vez em uma grande gravadora. É um momento para todos que sempre acreditaram na banda comemorarem bastante! Sempre dissemos que a nossa música era para todos e assim ela sempre será até quando Deus quiser! Nunca deixamos o meio gospel, o meio gospel é que nos deixou devido a mentiras divulgadas de uma forma totalmente irresponsável e maldosa, mas já desmascaradas pela verdade, pelo tempo. O tempo sempre dá razão aos justos e Deus é justo e nunca nos falhou! Termino então indicando para vocês todas as músicas do M.I.M., CD este que considero um dos TOP 5 de toda a nossa trajetória e que vai esquentar o caminho para a comemoração dos 25 anos da banda. Muito obrigado a todos e lembrem-se: Deus é maior!

20 comentários:

  1. Pra mim a Banda Catedral é simbolo de música inteligente, o Kim está entre os melhores cantores desse país

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  2. Sou muito fã da Banda Catedral.

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  3. Essa banda é pra aplaudirmos de pé! Canções bem escritas, melodias contagiantes, poesias com assuntos que acrescentam cultura aos nossos ouvidos!!! Parabéns pela entrevista e continuem valorizando quem realmente merece!

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  4. ótima entrevista, adorei...uhuu..é catedral...sempre....

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  5. Muito boa matéria! Perguntas bem boladas e respostas instigantes!

    Catedral é sem dúvidas uma peculiaridade na música nacional como um todo, seja no gospel ou secular o grupo arrebenta!

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  6. isso é Catedral Transparência sempre nós fãs agradecemos e sucesso.

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  7. Uma otima entrevista do Catedral gostei demais o site está de parabéns!

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  8. Musica é isso, poesia, melodia, letra, não essas porcarias que estão saindo hoje e dizem que musica de sucesso, por isso curto Catedral desde que conheci, tenho tudo deles, uhuuul é Catedral !!!

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  9. A banda Catedral é um marco na história da música brasileira, sou feliz por ter conhecido essa banda que me inspira no meu dia-a-dia !!!!

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  10. Sempre curtir a Banda Catedral independentemente de rótulos ou de opiniões de terceiros.

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  11. TENHO UMA BANDA DE SURF MUISIC CRISTÃ, LEGIONARIUS, E TOTALMENTE INSPIRADA NOS IDEAIS DO CATERDRAL. http://www.youtube.com/watch?v=5kDaAf39zPM

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  12. Banda Catedra esta entre as melhores banda que curto ! ! !
    Catedral sempre

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  13. Essa entrevista esta muito boa!!! Banda Catedral é uma banda de respeito dentro do da historia do mercado gospel por sua postura, por suas letras diferente e inteligente de tudo que vemos por ai!!!

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  14. PARABÉNSSSS pela entrevista, CATEDRAL, UUU E CATEDRAL.

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  15. A beleza de uma musica ver ao só do CATEDRAL e sabendo que o cantor e KIM fica todo mais legal.

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  16. Poxa,a primeira vez que ouvir Catedral foi em 1996 na casa de um amigo desde então me apeguei a essa banda e a seus ideais.Sempre polemizaram essa banda mas o tempo de mercado e sua tragetória falam mais alto!! Show de bola a entrevista parabens

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  17. Catedral é:singular,diferenciado,intimo,pessoal,escolhidos,abençoados e único!Parabéns Catedral,Deus esta com vocês e eu também enquanto viver.

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  18. Eu nunca me deixei levar pelos comentários contrários à minha verdade! Catedral fala por mim. Catedral até o fim!

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  19. Catedral a melhor banda do país, em todos os sentidos, literalmente! Quero saber quando VCs vem à Manaus!?

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  20. A melhor banda do brasil!! Estou esperando um show deles aqui em Manaus!

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