30 de abril de 2011

"A ficha ainda não caiu"


Essa frase é o que melhor resume o momento pelo qual a cantora Brenda dos Santos, ou melhor, Brenda está passando. A jovem revelada no quadro Jovens Talentos do Programa Raul Gil ainda mantém o jeito da menininha de três anos que era levada pela mãe para cantar nas igrejas e agora é a primeira cantora realmente lançada pela Sony Music Gospel que pôs no mercado o CD Outra metade produzido pelo renomado Ruben di Souza. Com tanta responsabilidade e esbanjando talento na música Alvo do Teu milagre, a primeira faixa do álbum liberada pela gravadora, fica difícil acreditar que ela chegou a ficar indecisa entre cantar ou se tornar médica. Essas e outras revelações você confere nesse bate-papo exclusivo que ela concedeu ao Gospel no Divã na sede da gravadora no Rio de Janeiro.

1. Todos estamos conhecendo a cantora Brenda revelada no palco do Raul Gil, mas como é sua Outra Metade: a Brenda antes da fama?
A Brenda antes da fama é a mesma porque não mudei nada, sempre fui a mesma de sempre, alegre, sorridente (risos). Claro que depois da fama vêm as responsabilidades e mudou muita coisa. Quando eu comecei a ir ao programa do Raul Gil tive que parar com a natação, balé, ginástica de solo, inglês, mas eu vou voltar.
2. Como tomou conhecimento do concurso de jovens talentos do Raul Gil?
Estava assistindo o programa com a minha mãe e ela perguntou se eu queria fazer o teste e claro que aceitei. Tinha uns 40 adolescentes e desses passaram dez e eu estava entre eles. Tínhamos que ir para uma salinha porque eles iam gravar a gente cantando para mostrar pro Raulzinho (diretor geral do Programa Raul Gil e filho do apresentador). Quando cheguei, cantei três músicas e entrei no programa depois de duas semanas e tinha gente tentando há dois anos. Pra você ver como era coisa de Deus.
3. Mas você já tinha esse sonho de ser cantora?
Canto na igreja desde os três anos e minha mãe sempre me levava para cantar quando eu era pequeninha, mas sempre gostei de operações e queria ser médica, só que percebi que não tinha como ser médica e cantora e foi aí que decidi ser cantora.
4. Voltando ao Jovens Talentos. Você chegou a pensar que venceria o concurso?
Eu não fui com esse pensamento de ganhar. Fui lá para mostrar meu potencial e só de chegar naquele palco, cantando com um monte de gente boa, já era uma grande vitória. Ali é uma vitrine de talentos e nunca imaginei ganhar, mas ganhei (meu Deus!) e agora nem acredito.
5. Pensou em desistir em algum instante?
Não... Eu amava estar ali cantando porque era chance de mostrar a potência da minha voz tanto no agudo quanto no baixo. Só ficava com muito medo.
6. Chegou a fazer amizade com os outros candidatos?
A gente era um grupo muito unido e todo mundo torcia um pelo outro e todo mundo se uniu para orar. Até hoje falo com alguns deles como o David Air e a Elyssa Gomes.
7. Recebeu algum conselho que guarda até hoje e vai levar para sempre em sua vida?
Além dos conselhos da minha mãe, minha vó falava para eu nunca para de louvar e não me importar com as circunstâncias e sempre falava para minha mãe: ‘Investe na Brenda porque ela vai longe’. Meu pai também me apoia e fala para nunca esquecer a humildade.
8. Você é a primeira cantora realmente lançada pela Sony Music Gospel. Como está sendo lidar com essa realidade?
É difícil de acreditar, a ficha ainda não caiu (risos). Eu estava fazendo twittcam e, quando o CD chegou, eu parei e não acreditei (risos). Às vezes estou ouvindo meu CD no carro e não acredito que ele saiu pela Sony Music. Isso é uma grande honra e estou muito, muito feliz. As pessoas aqui são muito bacanas, toda a equipe é demais.
9. Como foi a primeira vez que pisou num estúdio?
Então... Eu tinha ido a um estúdio só quando o programa Raul Gil era na Band para gravar a voz e dublar, mas experiência em gravar um CD é a primeira e foi muito marcante porque aprendi como são as coisas e parece que eles falam outra linguagem. A gravação foi em BH e minha mãe e eu ficávamos se olhando e perguntando: ‘O que eles estão falando?’.
10. Saber que seria produzida por Ruben di Souza que já trabalhou com André Valadão, Jota Quest e Lu Alone deixou você mais tranquila ou aumentou o nervosismo?
Todos os dois. Eu fiquei tranquila porque sabia que ele era bom e fiquei nervosa porque não sabia o que ele ia querer fazer. Ele é muito legal e me ajudou no Estúdio Mosh (SP) para me ensinar tudo desde a base até a gravação dos instrumentos e foi muito bom participar de todo o processo. Ruben di Souza é dez!
11. Como define o estilo do seu CD e quais são suas principais referências no cenário musical?
Ele é eclético com pentecostal, adoração, música romântica, pop-rock. Quando pequena gostava de cantar Elaine de Jesus, Rose Nascimento, Eyshila, mas a minha referência é a Eyshila e Heloisa Rosa porque elas cantam as próprias composições e acho isso lindo.
12. Então, você espera ter suas próprias composições num próximo CD?
Se Deus quiser. Eu preciso ter um gravador porque, às vezes, vem a melodia e a letra na minha cabeça e quando vou escrever acabo esquecendo.
14. Como foi definido o repertório? E por que regravar A mensagem da cruz e Sonda-me, usa-me, sucesso na voz de Aline Barros?
O Ruben teve que ouvir 100 músicas e escolher 12... Isso sim que é produtor (risos). Um dia no estúdio, o Ruben estava tocando o piano e pediu para eu cantar um hino da harpa e ele decidiu gravarmos Rude cruz e também sugeriu Sonda-me, usa-me.
15. Como foi gravar com Antonio Cirilo, uma das referências da música gospel no Brasil na canção Pentecostes?
Eu me sinto muito honrada, mas gravamos as vozes separadas. Quando fui para BH, coloquei o fone e comecei a pular de alegria ao ouvir a voz dele. Não tive a oportunidade de conhecê-lo, mas nos falamos por telefone e ele é um pastor ‘abençoadíssissimo’. Pentecostes é bem agitadinha e cantei com muita força e já me imagino cantando com o povo e a emoção que vai ser.
16. Como foi a gravação de Deixa Deus te usar com seus amigos do Jovens Talentos Elyssa Gomes, Renato Viana e David Air?
Foi muito bacana e a gente se divertiu muito. Eu os amo tanto... Além de serem amigos, são meus irmãos em Cristo.
17. Qual canção que foi a mais marcante?
Todas foram marcantes e sempre sentia uma coisa boa dentro de mim enquanto gravava. Eu canto com a alma e fui sentindo o mesmo em todas as músicas. Toda vez que canto é como se fosse fazendo a última coisa da minha vida.

18. Sobre o projeto gráfico do CD. Qual foi a inspiração para as fotos?
Eu amo tirar foto e fotografar. A produção foi do Carlos André Gomes, a Salisa Barbosa cuidou do figurino, a Leandra Rocha cuidou da maquiagem e do cabelo e a Junia Lanne tirou as fotos em uma loja de móveis aqui do Rio. Viajei bastante na produção desse CD: gravação em Belo Horizonte, fotos no Rio de Janeiro e ainda fui fazer um show dos Jovens Talentos em Recife, Piauí e BH.
19. Muitos como você tem um sonho de gravar um CD, mas se deslumbram com a fama e o sucesso e esquecem que a grande estrela é Jesus. Como não se perder em meio à fama e manter-se firme no propósito de adorar a Deus?
O foco sempre é Jesus. Ele coloca a pessoa lá em cima, mas Ele pode levar ela para baixo de novo. A gente tem que usar de humildade e sempre fui assim: orar pedindo sabedoria e discernimento a Deus e Ele dá. É só não deixar subir para a cabeça.

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