5 de abril de 2011

Vivendo a mil por hora


Quatro amigos com vontade de fazer um som irado e contagiar essa moçada com uma música de qualidade cheia de guitarras distorcidas e batidas frenéticas. Apesar de Arthur (guitarra) e Gabriel (bateria e voz) serem filhos do poeta Sérgio Lopes, os meninos criaram sua própria identidade musical e junto com Lucas (rapper) e Bruno (baixo) formaram em 2005 a banda MpH – Milhas por Hora que acaba de lançar seu primeiro EP Home-Made CD de forma independente. Com apenas cinco faixas, eles mostram que não entraram no mundo gospel de brincadeira.

Quem disse que ruim é o fim da história? já começa com o som pesado do verdadeiro rapecore com mais de 40 segundos só de instrumental. Como o próprio nome já diz, a letra traz uma mensagem de esperança diante da escuridão onde até lá uma voz está pronta a te guiar e mostrar a direção rumo ao sonho. O recado continua com Mostra que você é capaz (tão pesada quanto à anterior) – “Vai, mostra que você é capaz / De dar a volta por cima / E viver sua vida em paz”. Certeza de só quem tem a Palavra de Deus no coração, não é mesmo, meninos? Aumenta o som dessa guitarra alucinante, aê!

Referencial é a maior faixa do álbum e também não economiza no som irado cheio de riffs que lembra muito o som do Fruto Sagrado, grande influenciador do quarteto, que sempre apresenta letras de confronto que são um verdadeiro tapa na cara para acordarmos do sono da indolência – “Eu vou seguindo na minha caminhada pro céu / Não quero ser que nem um bobo da Torre de Babel / Que só queria ser famoso e não pensava no Senhor / E logo a confusão no meio deles se formou / Até parece um filme, só que é realidade / Não é o Telecine / Vá e fale de Jesus agora”. Lembre-se que neste mundo aquele que tem a luz deve ser referencial. A canção ganhou um vídeo-clipe dirigido por Bruno Paes e Antonio Júnior com edição ágil de A. Nascimento e produção da 7 Filmes e teve cenas gravadas em Colégio (bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro) e na Assembleia de Deus – Missão Vida do Pastor Otoni de Paula Júnior.





O sol nascente é mais leve e lembra um pouco o som da turma do O Rappa. O sol na música é uma metáfora para falar de Jesus, o advogado que esmagou a cabeça da serpente e nos faz andar de cabeça erguida pela trilha dessa vida cuja verdadeira alegria só pode vir do Salvador. Fechando com Me diz se dói ao som do piano (depois de tanto agito) os meninos mandam o papo para a juventude de forma direta e séria, mas numa linguagem que eles entendem – “Me diz se dói / Quando perguntam ‘como vai’ você não sabe responder / Quando conquista alguma coisa / Não tem a quem agradecer / Me diz se dói / Ter um irmão que nunca ouviu falar de Deus / Que frequenta os mesmos lugares que os seus / Você deveria contar que um dia / O Senhor te levantou / Pelo nome te chamou / E como ninguém faria / Deu tudo por você / E olha onde foi parar / Se puder vem me explicar por que dar as costas / Pra quem te deu a Mão”. Uma mensagem de apelo a quem um dia chamou Deus de Pai e não se sabe como acordou em um mundo cinza e sem cor. Com certeza, isso dói não só a quem se afastou como também aos amigos que levam os bons momentos no coração. Um belo modo de começar uma carreira que tem tudo para dar certo e mostrar do que é capaz.

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