11 de maio de 2013

O evangelismo coloquial de Thalles em seu novo clipe

Thalles dividiu opiniões em novo clipe | Fotos: Instagram
O novo CD de Thalles RobertoSejam cheios do Espírito Santo – que finaliza a trilogia evangelística que fala sobre conversão e a volta à casa do Pai já está disponível no iTunes e figurou em primeiro lugar dos mais vendidos. Seguindo na divulgação, o cantor-hit dos últimos anos acaba de lançar também o clipe do single Filho meu, com direção de Mess Santos, da produtora Movie 3 que já trabalhou com nomes importantes do meio secular como Manu Gavassi, Replace, Hevo 84 e CW7.

O projeto audiovisual tenta inovar gastando pouco ou o mínimo possível. Sobre inovar, é preciso entender uma coisa: vários recursos, tecnologias ou estética sempre são usados no segmento secular e, depois de tempos, quando usados no gospel é tido como novidade. Aqui é utilizado um único cenário composto por fundo branco e sofá preto em tomadas que valorizam a capacidade de interpretação do cantor. Como ator não de deve exigir muito dele e, não exigindo, fez seu papel para uma produção que não é cinematográfica, mas visual. Como intérprete, é como se Thalles estivesse empolgado com a empolgação do seu público diante de sua constante e interminável pressão. Firulas são sempre bem-vindas (e Thalles até sabe fazer muito bem), mas não necessariamente precisa ser a todo instante.

Desde o início da carreira do cantor, as características de sua performance vocal são exploradas ao extremo e isso se reforça em cada cena, afinal são as caras e bocas de Thalles que expressam o entendimento da letra do clipe. A fotografia é sempre muito bem ajustada, inclusive num clipe com tanto movimento em uma cena tão parada. Destaque para a interessante intenção em mostrar a luta de cada pessoa contra ela mesma a fim de vencer os pecados e também por propor dentro da música cristã um cantor interpretando com cigarro na mão valorizando a mensagem e colocando abaixo a censura pequena dos fariseus à espreita. Não é fácil construir um roteiro desses valorizando a caricatura das situações dentro de um mesmo ambiente sem soar exagerado ou monótono. Ressaltando sobre monótono: o clipe não chega a esse ponto, mas depois de assistir três vezes não vale mais a pena pelo vídeo. Algumas pessoas andaram reclamando da letra da canção já que, no meio evangélico, algumas novidades ou vanguardas são do capeta, porém quando todos se acostumam, todos por fim beatificam. Vários cantores e ministérios compõem letras dentro do mesmo contexto que alguns apontam aqui como heresia.

O filme é interessante, a música é mais do mesmo dentro da estética pressão-thalles-de-ser, porém deve agradar os fãs do cantor. Que o Thalles possa acumular seu talento para momentos mais raros de firulas e que seu próximo CD fale sobre uma temática nova.

0 comentários:

Postar um comentário

Comente, critique, elogie!
Sua opinião é importante para nós
Shalom Adonai



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...