25 de julho de 2013

“Quero que as pessoas vejam Cristo em mim”

“Como um filme que passou / Tua vida estava assim / Um tanto vazia / Parecia triste o fim”... Os versos da canção Filme que passou poderiam ser aplicados à vida da Danielle Rizzutti durante a adolescência quando sua família ainda não conhecia Jesus. Envolvida com a música desde pequena, a jovem adoradora se apresentou pela primeira vez em um palco por volta dos 12 anos quando participou da Bienal Internacional de Música em Belém (PA). Ainda na adolescência, ela integrou uma banda de pop-rock que foi a chance para amadurecer nos palcos e perder a timidez. Entretanto, a jovem artista não vivia um conto de fadas dentro de casa ao ver sua família cada vez mais afundada em problemas.

O filme que parecia não ter final feliz foi mudado quando eles conheceram Cristo através do testemunho de uma tia que havia perdido o filho de forma drástica. Ao visitar a igreja, o som que veio do altar tocou o coração de Danielle que se entregou por inteiro a Cristo e começou a ver as mudanças que o poder de Deus fez em sua família trazendo união, cura e transformação. Membro da sede da Igreja Internacional da Graça de Deus em São Paulo, Danielle Rizzutti é ministra de louvor e é mais uma que integra o cast da Graça Music por onde lançou mais um título da série Minhas canções com músicas escritas pelo Missionário R. R. Soares e produzidas por Michael Sullivan. Percorrendo o Brasil abençoando vidas através do louvor, Danielle também apresenta o Programa Entre mulheres ao lado de Bruna Martins no Canal IIGD da Nossa TV e falou conosco sobre vida, ministério e seus planos para o futuro.

Fotos: Marcelo Nejm (Graça Editorial)
1. Envolvida com a música desde criança e fazendo algo que gosta à frente de uma banda, você sentia um vazio que veio a ser preenchido por Jesus em um encontro que começou depois da perda de um primo. Conte um pouco mais sobre esse caso.
Minha família estava destruída com meus pais se separando e, na mesma época, meu primo sofreu um acidente indo para o Sul do País quando um caminhão atravessou a estrada e ele veio a falecer. A gente foi visitá-la achando que ia levar conforto, mas ela falou: ‘Satanás, cada fio de cabelo que você tirou do meu filho vai ser uma pessoa que vou levar para Cristo’. Vimos que minha tia continuava seguindo a Jesus apesar de tudo e ela não deixava de falar de Cristo. Dois anos antes, eu senti um nódulo no pescoço e fui fazer exames e o médico constatou que era suspeita de câncer e muitas coisas foram acontecendo ao mesmo tempo: eu doente, meus pais se separando, perdemos uma pessoa muito querida na família... Parecia que estava tudo se destruindo, atribulado na minha família e começamos a frequentar a igreja. Eu era religiosa, mas não tinha a Palavra de Deus e fui sentindo a diferença no louvor e na pregação, via o Missionário e o Pr. Jayme de Amorim e o Senhor foi quebrantando meu coração.Em uma das reuniões, o Pr. Jayme orava dizendo que o anjo de Deus estava passando e coloquei a mão no pescoço e vi que fui curada. Cheguei em casa e senti de novo aquele caroço e entendi que tinha que determinar e dali para a frente eu nunca mais fui ao hospital. Hoje minha família é uma bênção, Deus foi operando em nossas vidas, a nossa relação como família mudou e o amor é maior e prevalece.

2. Nesse período você fazia faculdade de farmácia e abriu mão de tudo para se dedicar à obra. Como foi tomar essa decisão?
Foi logo no comecinho da minha conversão aos 18 anos e gostava muito da faculdade, mas fui me envolvendo no louvor e tive minha primeira oportunidade de fazer o louvor com o Pr. Wagner no culto de jovens. Aquilo foi queimando no meu coração e fui me sentindo realizada em entoar meu louvor a Deus. Depois disso tive a oportunidade de conhecer o Pr. Ricardo Braga que na época era da Vila Matilde e foi com ele que aprendi a orar mais pelo povo e reforçar a leitura da Bíblia. Lembro que o Pr. Rafael Araújo me convidou para fazer a abertura de alguns cultos na sede e o Pr. Josias Cruz falou que era hora de assumir o ministério na sede. Então, Deus falou bem forte ao meu coração e cada vez mais me sentia completa por estar ali e poder louvar ao Senhor.

3. Quando o Missionário R. R. Soares conheceu seu talento?
Comecei a ter mais horários de cultos e numa tarde recebi o convite do Missionário para acompanhá-lo em minha primeira campanha em Campo Grande, no Mato Grosso. Acompanhei o missionário em muitas campanhas de 2009 a 2010 e foi muito gratificante para mim. Comecei a fazer faculdade de Rádio e Televisão [hoje ela já é formada] e tinha cursos em parceria com faculdades de fora e estava me programando para estudar um ano em Madri. Conversei com o Pr. Jayme, falei com meus pais e eles logo me apoiaram, só que, quando fui conversar com o Missionário, ele disse que ia orar a Deus. Um mês antes de viajar, cheguei no meio do louvor num domingo de manhã e o Missionário começou a dar a mensagem e disse: ‘É aqui que Deus quer te abençoar. Aqui é a terra da bênção e você não pode ir embora’. Aquilo foi muito claro para mim, mas falei com Deus que se fosse Ele mesmo falando comigo o Missionário ia me chamar depois da oração. Quando ele acabou de orar, ele me chamou para cantar e desde o comecinho da minha caminhada eu vi o plano de Deus. Pouco tempo depois o Missionário me encontrou e falou que estava orando a Deus para que Ele desse as canções para que eu pudesse gravar, uns meses depois recebi a ligação da Graça Music falando que ia assinar comigo.


4. Muitos que começaram cantando nos cultos vieram a integrar o cast da Graça Music. Você esperava que isso um dia aconteceria com você?
Eu queria era fazer a obra de Deus, mas cada coisa foi acontecendo e me dando estrutura. Hoje estou chegando a casas que jamais imaginei que chegaria. Cada vez que isso acontece, eu vejo a maneira que Deus está me usando. Conforme as coisas iam acontecendo, o sonho de Deus ia amadurecendo em meu coração. Foi o processo que em ensinou muita coisa e me faz querer fazer muito mais.

5. Em seu primeiro trabalho você já contou com um time de peso. Como foi gravar 12 composições do Missionário R. R. Soares e ter o Michael Sullivan como seu produtor?
Como diz o Thalles: ‘Olha o que Ele fez comigo’. Trabalhar ao lado do Missionário e receber canções que Deus deu a ele e depois ainda vir um dos melhores nomes da música colocar essas melodias não tem privilégio maior, é um sonho que se realiza porque nunca me imaginei lançando esse CD com tamanho trabalho numa gravadora como a Graça Music e me sinto uma privilegiada. Eu vejo a minha vida nessas canções e vejo pessoas sendo tocadas por elas. Vejo esse incentivo das pessoas e tudo isso me deu forças para continuar e ver essa obra linda que Deus tem feito através dessas canções.

6. Como foi ter o CD em mãos e lançá-lo num evento lotado no Vale do Anhangabaú?
Eu ligava toda hora para saber se o CD tinha chegado e ele chegou a tempo para o evento no Anhangabaú . Abrir a caixa foi como se estivesse abrindo o pote do tesouro e saí mostrando para todo mundo. Esse CD é a realização de um sonho e na mesma semana subi no altar de Deus e me lembro daquela multidão. É um sentimento de gratidão poder levar canções com a Palavra de Deus para as pessoas e essa é a diferença de louvar e cantar. Eu cantava no meio secular e havia pessoas que tinham problemas e saíam com problemas. Quando entrei no Vale do Anhamgabaú, havia pessoas com problemas e você canta mensagens como ‘Deus te faz mais forte’ e você vê pessoas dando glória a Deus e sorrindo. Não tem preço. É maravilhoso contemplar as maravilhas de Deus.


7. Além do ministério na música você apresenta o programa “Entre mulheres” ao lado da Pra. Bruna Martins. Como foi a entrada no programa e como é estar diante das câmeras se comunicando com vidas do Brasil inteiro?
Em 2011, a Pra. Vivian Cedro ia assumir uma igreja em Manaus e recebi esse convite para assumir o lugar dela no programa. Fui tremendo, mas confiando em Deus. Eu tinha muita vergonha e medo, mas orei muito a Deus, abri a Bíblia e li em Marcos 4.40 – ‘Por que tens tanto medo, ainda não tendes fé?’. Esse programa abriu muitas portas para poder levar mensagens em cultos de mulheres e vejo pessoas sendo transformadas e mulheres que voltam para o caminho do Senhor.


8. Como é para você ainda tão jovem saber que sua vida não é mais sua, mas pertence a Deus?
Eu acho que ter esse privilégio de poder servir de exemplo é minha obrigação. Que as pessoas não vejam só a Danielle bonitinha, mas que vejam Cristo em mim. Muitos vão à igreja por ir e eu procuro nas pequenas coisas mostrar um Deus vivo e que existe. Quando louvo a Deus eu quero que as pessoas sintam vontade de fazer o mesmo. Quando vejo a quantidade de crianças que se espelham naquilo que eu faço é muito gratificante e muitas mães me procuram para falar que as filhas me assistem e querem ser como eu quando crescer. Essa é minha principal busca ser um exemplo para edificar famílias e transformar filhos e filhas em nome de Jesus.

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