Certamente Estêvão Queiroga é um dos cantores mais versáteis
da cena gospel atual. A prova é o seu novo clipe Se for com Você (Pode Ser) no qual aposta por um aspecto mais
tecnológico (videogame) em antítese ao seu primeiro vídeo – A Partida e o Norte – que trazia uma estética mais rupestre.
Ambas as músicas são do seu CD de estreia Diálogo Número Um, trabalho este lançado
pela Sony Music e que revelava o quão eclético o cantor é em suas canções desde
a pegada regional em Toada de Dedé e
Corre atrás do Vento, passando pelas
introspectivas É Isso e O que Será?, chegando ao pop de Nós e Bom e Mau.
Aproveitando o lançamento do clipe de Se for com Você (Pode Ser), batemos um papo rápido e descontraído
com Estevão Queiroga, que falou sobre as inspirações para a concepção desse
projeto.
Estêvão Queiroga contracena com a esposa no novo clipe (Reprodução de Internet) |
A própria música
sugeriu um clima mais leve. A ideia não foi ser tecnológico, mas divertido.
Mostrar essa dinâmica de dar e querer atenção, do dia a dia do relacionamento,
numa linguagem universal como é a dos games.
2. E em meio a tantos
avanços de resolução por que um em 8 bits?
8 bits é a linguagem
clássica dos games. Há um certo carinho no imaginário da gente por jogos como
Mario, Zelda e tantos outros.
O clipe traz um visual inspirado nos antigos jogos em 8 bits |
O clipe já estava
filmado e animado desde 2015, antes mesmo de filmarmos ‘A Partida e o Norte’,
faltando apenas a finalização. Achamos que ‘A Partida e o Norte’ apresentava
melhor o trabalho. Aí pensamos que seria legal lançar numa data onde as pessoas
estivessem falando mais do tema. Acabou dando certo.
4. De onde surgiu a
ideia de a trilha sonora do jogo ser o trecho do “Preço do Amor”? Você acha que
o público vai entender a proposta?
O jogo do início teria
que ter alguma trilha. Então, as três trilhas usadas fazem referência a músicas
do meu álbum que falam de amor. Isso é apenas um ‘easter egg’, ou seja, uma
surpresinha. Alguns vão pegar e pra eles vai ser divertido descobrir. Mas quem
não sacar vai curtir o clipe do mesmo jeito, então não me preocupo com isso.
5. É a sua esposa no
clipe certo? E ela topou participar logo de cara ou teve que convencê-la?
Ela já participou do
clipe de ‘A Partida e o Norte’, cantou no meu disco, me inspirou a escrever
esta e outras canções. Então foi super tranquilo, ela adorou a ideia. E acho
que atuou melhor que eu (risos).
6. Pra finalizar, o
roteiro foi pensando a partir de um mal social que é a diminuição das
interações pessoais. Qual sua posição em relação a esse tema?
Claro que isso está
presente, mas não iria tão fundo nisso. Foi uma brincadeira mesmo. Penso que
transformar o celular no vilão é injusto. O ponto é: eu, mais tu, mais Deus, mais
ninguém. Se tem alguma coisa impedindo a gente de ser um, preciso parar e me
reconectar com quem é mais importante. Nossos relacionamentos são mais
importantes que o celular, um jogo, o trabalho...
Muito legal a entrevista meninos.
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