6 de outubro de 2010

"Ser serva de Deus tem muito mais peso para mim"

Com letras cantadas para Deus e não sobre Deus com foco na gratidão e no louvor a Deus, o segundo trabalho de Rachel Malafaia expressa bem o momento pelo qual a cantora está passando. Ao Deus vivo, com assinatura de Paulo César Baruk, traz uma Rachel mais determinada e mostrando uma versatilidade em conduzir o povo à adoração. É com esse coração cheio de gratidão ao Mestre que a cantora conversou com o Gospel no Divã sobre o ministério e sobre como é ser nora de Silas Malafaia, um dos maiores pregadores da atualidade. “Posso aprender a cada dia com esse homem de Deus que tanto me abençoou”.

1. Seus sonhos começaram a ser gerados em seu primeiro CD. Podemos dizer que Ao Deus Vivo é a realização plena desses sonhos iniciados ainda em 2005?
Certamente! A obra de Deus é sempre completa e tudo o que Ele promete se cumpre independente da data ou hora.
2. Por que você esperou cinco anos para gravar um novo trabalho, e o que aprendeu com Deus durante esse período?
A espera envolve muitas coisas. Primeiro, e acima de tudo, foi o tempo de Deus na minha vida. Tudo tem o seu tempo determinado e existem fases ou etapas na nossa vida em que, para avançarmos, precisamos de um amadurecimento espiritual, emocional e até mesmo físico. Por quê? Porque precisamos ser bons administradores do que Deus coloca em nossas mãos. Então, nesse período, eu parei um ano e busquei um aperfeiçoamento fazendo um seminário de louvor e adoração no Texas. Quando estava no segundo semestre, eu engravidei e, por isso, parei mais um ano e meio para cuidar da minha filha Hadassah e assim fui crescendo em Deus e fortalecendo-me cada vez mais no Senhor. Aprendi que os meus principais ministérios são a minha família e a minha vida com Deus, não somente o púlpito ou até mesmo um cargo ou função na igreja. Isso tudo serviu para o meu benefício como experiências maravilhosas a cada dia.
3. A gravação ao vivo foi pensada desde o início ou foi algo meio que por acaso? O nome do CD foi proposital?
Desejei desde o início fazer ao vivo porque queria gravada a participação dos irmãos que muito colaboraram na adoração do CD. Tudo foi se encaixando, então o produtor Paulo César Baruk deu a ideia do título, que eu amei.
4. Como foi ser produzida por Paulo César Baruk? Sentiu muita diferença, já que no primeiro CD você foi produzida por Jairinho Manhães, conhecido por sua marca pentecostal?
Cada gravação é uma experiência diferente e gratificante. Fui abençoada desde o primeiro CD porque ambos trabalham com excelência. Gostei muito de gravar com o Baruk pela sua dedicação. Ele é muito detalhista assim como eu e me deixou bem à vontade para expressar minhas opiniões e desejos. Como eu já tinha uma noção melhor nesse segundo CD, gravar com o Baruk foi um pouco diferente porque trabalhamos em parceria desde o começo do repertório até a finalização do trabalho. Posso dizer que ele foi uma peça fundamental nesse projeto.
5. Percebemos que você é uma boa ouvinte de gospel internacional. O que a levou a gravar as canções Song of Ezekiel, de Brian Ming, e None but Jesus, da Hillsong?
A primeira eu quis gravar pela experiência que tive no seminário com essa música, por ela fazer parte do CD da Christ for the Nations. Fui impactada pelo louvor e senti que deveria trazer ao Brasil o que acontece não só nos Estados Unidos, mas também o que está acontecendo na Igreja em nosso país. Vejo uma Igreja profetizando e líderes se levantando com voz profética nesta nação. A música None but Jesus eu ouvi pela primeira vez no programa de TV de uma igreja quando ainda morava nos Estados Unidos. Fui totalmente envolvida pela letra e pela forma como ela ministrou ao meu coração. Então, anos depois, quando comecei a preparar o repertório, nem me lembrava mais da música. Eu estava em negociação com o Joel da Cia do Louvor, pedindo autorização para gravar outras músicas e ele me indicou essa porque as que eu queria já tinham sido licenciadas. Quando ouvi a canção, percebi na hora que era da vontade de Deus que a gravasse porque me lembrei de como fui tocada por ela.
6. Em seu primeiro CD, você gravou compositores mais voltados para o louvor pentecostal, como Rogério Jr e Flávia Afonso, diferente do trabalho atual, em que você gravou canções de Joe Vasconcelos e Jairo Bonfim. Como foi montado esse repertório?
Recebi muitas influências na preparação do repertório, mas a intenção inicial era fazer um CD que tivesse músicas totalmente voltadas para a adoração ao Senhor, com letras cantadas para Deus e não sobre Deus. Não quis focar muito a necessidade do homem, mas sim a gratidão e o louvor a Deus, que nos aproximam dEle. Quis gravar o que vivia nos meus momentos de adoração ao Senhor e canções que atribuíssem louvor somente a Deus.
7. Como foi cantar ao lado de um backing vocal formado por vozes do calibre de Jairo Bonfim, Dany Grace, Rodrigo Mozart e Samuel Mizhary?
Foi simplesmente divino. Sou privilegiada porque posso carregá-los comigo para onde vou (risos), quer dizer, no meu playback. Brincadeira... Palavras são pouco por ter sido tão abençoada por esse backing.
8. Não podemos deixar de mencionar a canção Alfa e Ômega, interpretada com sua irmã, Danielle Cristina, e com Raquel Mello. Como foi esse momento para você e como surgiu a vontade de gravar com as duas?
A ideia surgiu na ESLAVEC, a primeira escola de líderes promovida pela Associação Vitória em Cristo, em 2009, quando nós três ministramos o louvor juntas e percebemos que as vozes encaixavam perfeitamente. Eu quis registrar isso imediatamente porque foi maravilhoso ministrar com pessoas que tanto admiro e amo.
9. Nani Azevedo, seu companheiro de gravadora, também assina uma música em seu trabalho. Como foi gravar uma canção desse que se tornou uma referência na nova geração de adoradores?
Tudo em meu novo CD foi dirigido por Deus e o Nani é um grande amigo. Brinco com ele dizendo que ele podia ser meu pai. Ele nem liga. Essa música foi uma das primeiras a entrar no meu repertório. Eu lembro quando ele me disse que Deus havia colocado uma canção no coração dele para que eu ministrasse. Chorei muito e fui abençoada pela canção porque foi uma realidade que vivi.
10. Mudando de assunto, carregar o sobrenome Malafaia é um peso fácil de suportar?
Ser serva de Deus tem muito mais peso para mim do que qualquer coisa. É claro que sempre surgem as cobranças e as comparações, mas eu me preocupo mais em fazer a vontade do Pai e cumprir com Sua Palavra do que em carregar um nome.
11. Como é ser nora de um dos pregadores que é referência para muitos ministros da atualidade?
É um privilégio porque posso aprender a cada dia com esse homem de Deus que tanto me abençoou. Ele é um exemplo de vida para mim, um verdadeiro homem de caráter e demonstra o que é ser servo de Deus. Amo muito meu sogro.
12. Como é a Rachel Malafaia em casa? Você se vira bem com as panelas e com a vassoura, se for preciso?
Com certeza! Por ser filha de missionários, nem sempre tive tudo à minha disposição. Então, aprendi desde cedo a ter responsabilidades no lar. Eu amo organizar as coisas e amo cozinhar. Jamais passaria fome porque a minha mãe é uma cozinheira maravilhosa e me ensinou muitas coisas.
13. Existe algum sonho que ainda falta ser gerado em sua vida?
Vivo a cada dia desejando gerar os sonhos de Deus na minha vida, então certamente sim. Nós jamais devemos parar de sonhar porque o Senhor nos tem chamado para cumprir o Seu ide. Este é o meu maior desejo.

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