"Deus faz muito mais do que a gente pensa e pede"

Por Rafael Ramos – Fotos: Divulgação/Graça Music

Nova contratada pela Graça Music, Bruna Martins se prepara para gravar seu primeiro CD – Minhas canções na voz de Bruna Martins – que tem 12 composições do Missionário R. R. Soares e leva a assinatura do renomado Michael Sullivan. A cantora assinou contrato no dia 14 de junho (terça-feira) e aproveitou para conversar com o Gospel no Divã e falar sobre essa nova fase em sua vida. Ela que começou a cantar ainda criança ao lado da tia e aos poucos foi conquistando espaço nos cultos da Igreja Internacional da Graça de Deus, começa a escrever um novo estágio em sua história. Leia a entrevista a seguir e saiba mais sobre a promessa do gospel nacional para este ano:

1. Como foram seus primeiros passos no Evangelho?

Cresci em um lar cristão, mas meus pais não se firmaram, então meus avós e minha tia sempre me levavam para a igreja onde desenvolvi meu dom de cantar e me tornei solista do coral. Sempre cantei desde os seis anos com minha tia Roseli Martins que tocava violão em casa e a gente costumava cantar juntas. Por volta dos 14 anos, fui visitar a Sede da Igreja Internacional da Graça de Deus e foi como se eu tivesse encontrado o meu lugar. Comecei a orar para Deus me dirigir e, durante um culto de domingo, o Pastor Rosivaldo estava ministrando e falou: ‘Você que entrou aqui hoje querendo saber se aqui é o seu lugar. Deus manda te dizer que aqui é o seu lugar. Você pode ficar aqui’. Foi resposta imediata de Deus. Conversei com meus líderes da antiga igreja, eles me abençoaram e estou na Igreja da Graça há oito anos onde comecei na mocidade e no grupo de evangelismo.

2. E como foi desenvolvendo seu talento para a música?

Teve um domingo em que todo o grupo de louvor faltou e o Pastor Ricardo Braga estava desesperado. Cheguei do evangelismo e ele pediu que eu cantasse porque um obreiro disse que me ouviu cantar. Levei um susto e comecei a cantar e, daí em diante, passei a fazer parte dos dois grupos de louvor e fui ajudá-lo nos cultos da Sede e todos os pastores que pregaram durante os cultos menores me convidaram para cantar. Na época, eu estudava e fazia estágio em uma agência bancária, mas desejava viver só da obra. Numa terça-feira, saí do banco às 16h e voei para tentar pegar o culto das 17h na Sede. Cheguei lá, subi ao altar e cantei o hino Cuida de mim enquanto o povo ia saindo. Nisso veio um auxiliar do Pastor Jayme de Amorim que havia pedido para eu cantar outra música e cantei Agnus Dei. Então, o Pastor Jayme me convidou para cantar nos finais de semana, até ser levantada como pastora auxiliar aos 18 anos e comecei a abrir reuniões e comecei a apresentar alguns programas no canal da IIGD. O primeiro foi O que acontece na graça de Deus. Fui pastora por volta dos 18 anos, sempre estava ali envolvida, trabalhei com a terceira idade.

3. E como foi assumir uma responsabilidade tão grande como a de pastora auxiliar tão nova?

Cresci sempre envolvida com as coisas de Deus. Era a mais careta da escola e minha rotina sempre era igreja-casa. Sempre fui envolvida com as coisas de Deus e, mesmo tendo enfraquecido quando mais nova, não conseguia perder o temor a Deus. Tudo isso pra mim foi muito gratificante e ao mesmo tempo uma responsabilidade muito grande diante de algo que Deus estava confiando em minhas mãos e, se Ele confiou, eu não podia desapontá-lo.

4. E como a Graça Music chegou à sua vida?

Foi uma coisa muito interessante (risos). Só Deus é quem faz essas coisas na vida da gente. Comecei cantando na Sede e lembro que o Pastor Fernandes Lima pediu para eu ensaiar a música Mais perto de Deus da Bruna Olly. Comecei a ensaiar e o Pastor Rafael Araújo, que abria os cultos na sede, me chamou para cantar essa música e o Missionário R. R. Soares chegou na hora. Até que teve um sábado de manhã em que ele me chamou para cantar no Show da Fé e as oportunidades foram surgindo. Ele me chamou para participar de uma campanha no Mato Grosso do Sul, depois fiz campanhas no interior de São Paulo, fiz no Maranhão até que tive a notícia que ele ia me dar 12 canções para gravar.

5. Mas você já sonhava em gravar CD ainda na infância?

Já era um sonho meu desde quando comecei a cantar aos seis anos. Falava para minha tia que um dia íamos gravar um CD juntas. Eu sonhava em cantar para as pessoas, não para ter status, mas para tocar os corações e ganhar almas para Jesus.

6. E como a família recebeu a notícia?

Hoje, apesar de separados, meus pais voltaram para a igreja. Meu pai sempre acompanha e minha mãe me apóia muito. Hoje eu posso ver tudo o que fui plantando. Minha tia ficou super surpresa e muito orgulhosa. Foi ela quem me ajudou e me ensinou algumas notas de violão. Quem sabe não gravo uma das composições dela que comecei a cantar num segundo CD? Tenho uma irmã mais nova – Natália Martins – que canta também e está ajudando na igreja lá perto de casa.

7. Maior ainda foi a notícia quando soube que seria produzida por Michael Sullivan?

Nossa (risos)! Olha só como Deus é perfeito e faz muito mais do que a gente pensa e pede. O Michael falou que já me conhecia por assistir o Show da Fé de madrugada e, em uma das gravações, ele me assistiu cantar a música Mais perto de Deus e comentou com a esposa que eu tinha talento e merecia. A esposa dele até falou que ele poderia produzir e eles começaram a orar. No dia seguinte a Andréa (Rocha, gerente geral da Graça Music) mandou um email pra ele perguntando se ele poderia produzir o meu CD. Você vê como foi coisa de Deus? Parecia que a Andréa tinha ouvido a oração dele de madrugada. Dá um frio na barriga porque ele é muito fera, mas vai ser uma oportunidade grande de aprender muito mais.

8. E o que podemos esperar do CD Minhas canções na voz de Bruna Martins?

Interpretar canções do Missionário é um presente de Deus. Já ouvi todas as músicas e já estão na minha cabeça. São 12 canções com letras lindas e parece que ele compôs exatamente para mim porque me identifiquei demais com todas. Tem uma que diz Servo de Deus e fala que, assim como Moisés guiou o povo pelo deserto, nós também devemos ser como pessoas que andam na presença de Deus. Tem uma canção muito bonita que se chama Portais da glória que é meio pop-rock com aquele refrão chicletinho que fica na cabeça. O CD está bem eclético, tem bastante estilos diferentes, letras com mensagem. Tem uma chamada Palavra viva que fala ‘Que meu canto seja Tua voz / Que meus desejos sejam os Teus / Que a Tua graça caia sobre nós / E toque quem O recebeu / Abre os horizontes para eu levar / Teu santo nome em todo lugar’. Parece que é uma oração que eu fiz e o Espírito Santo colocou no coração do missionário. Quando ouvi, chorei porque me identifiquei demais com todas as letras e é difícil escolher qual vai ser o carro-chefe.

9. E como começam as gravações?

Provavelmente no próximo mês. Agora o Michael vai começar a colocar os instrumentos e fazer todos os arranjos para depois eu colocar a voz e o lançamento vai ser em setembro na ExpoCristã. Desde quando o missionário me chamou que tenho me preocupado muito em orar a Deus e essa tem sido minha preparação. Não só em questão de técnica, em como interpretar as músicas, mas a Bíblia diz que “se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam (Salmo 127.1)”. Então, se Deus não estiver a frente, em vão é tudo. Se a unção não estiver presente, se Deus não estiver ali, as vidas não são tocadas. Tenho sempre orado, consagrei cada canção a Deus porque quero que cada música alcance milhares de almas e só o Espírito Santo é capaz disso. E, se Ele estiver na direção de tudo, na minha direção, na direção do Sullivan e de todo pessoal da gravadora, o trabalho vai ser uma grande bênção e a nossa intenção é alcançar vidas. O público pode aguardar muita unção e libertação. Tenho orado a Deus para isso. Não estou falando da boca para fora, tenho me colocado diante de Deus para que Ele edifique esse trabalho.