Ele surgiu no cenário gospel ainda em 1998 cantando ao lado
de Samuel Mizrahy e Nívea Soares, mas ele quis muito mais e
11 anos mais tarde o público pode conhecê-lo melhor e se apaixonar de vez pelo
talento, voz e ousadia de Thalles Roberto.
O cantor que foi apontado como uma das grandes surpresas da nossa música
assinou com a Graça Music em 2009 onde lançou o CD/DVD Na sala do Pai e o Projeto
Raízes, mas uma voz como essa não cabe apenas em um estúdio. Não foi à toa
que a gravadora resolveu transportar todo esse talento para o Chevrolet Hall, em Belo Horizonte,
para a gravação do álbum Uma história
escrita pelo dedo de Deus que contou com uma plateia de quase cinco mil
pessoas na noite de 30 de julho. E com tanta história a ser contada, um disco
só foi pouco e as 22 faixas foram reunidas em um CD duplo com produção do próprio Thalles ao
lado de Fábio Aposan, irmão do
baterista Alexandre Aposan (Oficina G3)
e um dos contrabaixistas mais requisitados atualmente que já gravou com Paulo César Baruk, Dany Grace, Apocalipse 16
e Comunidade Vida Cristã.
Antes de falarmos das músicas, não podemos deixar passar o detalhe
da capa feita pela Imaginar Design sob a batuta de Marcus Castro. A arte teve atenção nos mínimos detalhes para torná-lo
um álbum inesquecível em todos os sentidos, tanto com fotos incríveis quanto
com a capa que traz a silhueta do rosto do cantor feita na Espanha. Mas, agora
vamos ao que interessa. Com vocês, um Thalles como nós nunca vimos antes:
Abrindo o repertório do Disco
1, Escrita pelo dedo de Deus é
composição de Thalles e do Missionário R.
R. Soares que já pôde ser conferida na versão em estúdio no CD Minhas canções na voz dos melhores -
Volume 04. A voz rouca de Thalleco arranca gritos da plateia que
corresponde a cada minuto da gravação. A faixa é o testemunho fiel da vida do
cantor que tem uma sonoridade apenas voz e violão que em alguns momentos lembra
a de Casa do Pai. É realmente impressionante ouvir a voz do público
em “Eu não tinha nada / E, agora, eu
tenho vida / E uma história nova e linda / Escrita pelo dedo de Deus”. A
canção tem quase nove minutos, mas o jeito que ele tem de prender a plateia não
deixe que a faixa fique cansativa.
Deus da minha vida,
um dos sucessos do álbum de estreia, ficou ainda mais contagiante. A impressão
que se tem é que, a qualquer momento, o Chevrolet Hall virá abaixo só pela sonzeira
que as pessoas fazem ao lado de Thalles. Os riffs de guitarra feitos por Cacau Santos são de fazer qualquer
amante de boa música enlouquecer.
E por falar em guitarras, elas também estão na introdução da
inédita Me faz viver – “Meu Senhor, meu Rei, meu Pai / Eu não quero
nunca mais viver sem Tua presença / O que eu sofri, como eu sofri / Meu Deus,
porque eu não sei andar sozinho”. Música nova, mas que não diminui o volume
do show. A próxima é a conhecidíssima Arde
outra vez que, de certa forma, supre a falta de Quero as águas. A pausa de 30 segundos para manter o suspense para
a segunda parte da faixa foi estratégica para segurar o povo com direito a
coral de mulheres e homens cantando separadamente.
As próximas faixas seguem numa velocidade mais lenta, Como é bom poder acordar é mais uma
inédita e traz aquele estilo mais intimista já visto em canções anteriores. O
mesmo pode ser conferido na também inédita Eu
amo vocês 3, uma declaração de amor à Santíssima Trindade – “Deus, meu Deus / Inexplicável Te sentir /
Espírito Santo, meu Amigo íntimo / Jesus... Ah, meu Jesus! Ah, meu Jesus!”.
Repare bem no solo de guitarra que pontua a canção.
Thalles e Gabriela Rocha (Foto: Marcus Castro) |
Seguindo, bastou cantar a primeira frase de Casa do Pai para levar a multidão ao
delírio que acompanhou a letra do início ao fim. Nessa versão, a música ganhou
mais peso nos teclados e no baixo. E fechando o disco, Oh, meu irmãozinho retorna ao estilo Thalles que todos conhecem:
elétrico e pulsante. A composição do próprio em parceria com Daner Trindade e tem aquela pegada
gostosa do baixo e tem tudo para se tornar canção obrigatória nas apresentações
do cantor.
Chegando agora ao Disco
2, temos a inédita Meu mundo
escrita por Thalles, Marcos Marques e
Eliseu Rosa com um naipe de metais de
primeira que preenche a canção que versa sobre quão simples é o viver em Cristo
– “É fácil demais viver em paz / A gente
é que complica tudo / Vem, vamos viver, viver Jesus / Pra gente ser feliz”.
O que queres de mim também é outra música
marcante e toca na ferida de muitos que se tornaram “estrelas gospel” e se esqueceram
completamente de pôr Deus no Centro de tudo – “Filho, eu já ouvi outros tantos orarem assim / Mas, depois que eu
usei, o coração mudou / Fui abandonado, não fui mais o Centro / Toda a glória é
minha e de mais ninguém”. Tudo isso acompanhado pelos gritinhos estridentes
do cantor que todos conhecem, mas a longa duração (mais de oito minutos) deixa
a canção em alguns instantes meio cansativa.
Já em Quando essa
igreja ora, as guitarras retornam com força total nessa inédita que invoca
o poder do nome de Jesus e a operação de Deus. A canção acaba funcionando como
uma prévia do que estar por vir com Deus
da força com aquelas distorções das guitarras que já pudemos conferir na
versão em estúdio da música. O mesmo frenesi foi causado por Ele é contigo que Thalles deixou o povo
cantar à vontade. O único porém foi a ausência de Marcos Kinder, mas o mineirinho conseguiu segurar muito bem as
pontas do início ao fim e divertiu a galera ao contar a história da canção que
nasceu durante uma situação que ele passou na Bahia.
André Valadão: dueto em Deus me ama (Foto: Marcelo Nejm) |
Ao som do teclado, Thalles interpreta Aleluia com aquele ar de louvor congregacional. Essa é para provar
que Thalles é realmente um cantor eclético e de múltiplos talentos. A próxima
inédita Clareia tem apenas quatro
versos e é bem fácil para aprender. Não foi à toa que a multidão logo aprendeu
e cantou junto – “Através de mim, Jesus
clareia / Vou brilhar a minha luz / Eu carrego a luz de Deus / Através de mim,
Jesus clareia”. Jesus me achou é
outra faixa testemunhal e Thalles declara que, depois do encontro com Cristo,
ele se tornou outra pessoa através desse amor. Tudo isso ao som dos metais que
dão todo um molejo ao Disco 2 que
fecha com a swingada Esse que é Deus,
escrita em parceria com o amigo Samuel Mizrahy, e tem todo o jeito festeiro de
Thalles Roberto que soube fazer um CD especial que confirma que realmente sua
trajetória foi escrita pelo dedo de Deus.
sou de manaus espero que sua vinda em manaus seje para impactar a vida de muitos jovens e toda glória ao rei Jesus Cristo!! Leandro dos Santos manaus e facebook
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