Esse seria o título ideal para o primeiro CD de
Cassiane pela
Sony Music. A maior representante do louvor pentecostal mostra que superou o período difícil em seu ministério e seu maior desejo é viver esse novo tempo que Deus designou para sua carreira.
Viva traz o
Jairinho que sempre conhecemos com produções arrojadas que fizeram falta no
CD Faça diferença lançado em 2007 pela
Reuel Music. O produtor e esposo de Cassiane ousou nesse novo trabalho e traz uma Cassiane como nunca vimos ou ouvimos a começar pela canção
De uma forma diferente, assinada por
Rodney Santos e Davi Vianna que já começa com a voz da cantora sem introdução acompanhada apenas pelo piano de
Ronny Barbosa até que os outros instrumentos vão sendo acrescentados aos poucos e surpreendem a cada acorde tocado abrindo o CD muito bem.
Jairo Bonfim compôs
Celebrarei que foi a primeira canção tocada nas rádios. O violão de
Tavinho Menezes marca a faixa que lembra os tempos do hit
Imagine no ano de 1996. A surpresa fica por conta do coral infanto-juvenil formado por mais de 30 jovens vozes dentre as quais se destacam os rebentos do casal. O ponto alto do álbum fica por conta de
O Nazareno que fez Jairinho explorar todo o seu talento de produtor. De autoria de
Moisés Cleyton, a faixa começa com a presença do violinista
Alexandre Schubert, eternamente marcado pela execução do solo de
O lamento de Israel de
Sérgio Lopes. A canção conta ainda com o
Coral RenovaSoul que gravou com Cassiane pela primeira vez em 1999 no sucesso estrondoso
Com muito louvor. Os destaques nos arranjos ainda contam com
Ismael Lopes (trompa) e
Zé Leal (percussão). Um detalhe para uma palavra talvez nunca vista em uma canção:
Armagedom.
Tony Ricardo assina
Escolhido que é bem o estilo de Cassiane com versos tipicamente pentecostais –
“Deus manda reforço pra te socorrer / Entra na peleja e faz você vencer / Um batalhão do céu está descendo agora / Fazendo um rebuliço, mudando tua história”. Tavinho Menezes é o responsável pela força das guitarras na música. Agora, você vai se surpreender com a cantora em
Sou um milagre de Deus (Vania Santos) que se encaixa muito bem no momento pelo qual ela passou. O inusitado fica por conta das fortes distorções de guitarra revelando uma faceta roqueira de Cassiane. Será que veremos a cantora sacudindo o cabelo em uma apresentação? O back formado por
Jairo Bonfim,
Kátia Santana,
Lilian,
Adiel Ferrer,
Josy Bonfim,
Roby Olicar,
Sula Maia,
Joelma Bonfim e
Marquinhos Menezes também merece nosso aplauso.
Roberto Reis escreve
Creia no milagre baseada na vida de Ana e conta com um arranjo de cordas feito por Ronny Barbosa –
“Veja o teu milagre se realizar / Chore e faça como Ana, Deus vai trabalhar / O teu pão e peixe vão se multiplicar / O teu Samuel irá nascer é só acreditar”. O RenovaSoul retorna em
Memorial de Deus (Tony Ricardo) inspirada na trajetória de Israel pelo deserto e é a agitadinha do repertório com participação do saxofonista
Josué Lopes e do baterista
Sidão Pires.
Hemerson Poubel escreve
A unção de Deus que lembra
Muita unção do álbum
Recompensa (2001) onde Cassiane mostra a força de sua voz com uma letra fortemente pentecostal falando sobre grandes homens de Deus que venceram na força da unção divina –
“Eu sinto o peso da glória de Deus / Tem uma nuvem lá do céu que está parada aqui / A chuva de milagre vai descer / A cachoeira de poder eu já começo a sentir / É a unção de Deus que está presente aqui posso crer! / Levante as suas mãos pra os céus irmão pra receber / Está descendo como um vulcão em erupção”.
Depois do lado roqueiro ouvimos uma Cassiane acústica em
Primeiro amor (Moisés Cleyton) acompanhada apenas pelo violão de Tavinho Menezes e o violinista
Aramis Rocha que faz o solo de
Som da chuva de
Soraya Moraes. Dá para imaginar até um clipe com a cantora sentada em um banquinho enquanto é acompanhada pelos músicos (fica a ideia para a equipe da Sony). Depois de mais da metade do CD, finalmente temos um forrozinho característico da cantora que também leva a assinatura de Moisés Cleyton –
Desemborca o vaso – com o acordeão de
Lenno Maia. Única faixa assinada por Cassiane ao lado de Rony e Celso,
Águas da unção tem o mesmo fundamento de
Basta uma palavra (1999) sobre o paralítico de Betesda. Ponto para o baixista
Marcos Natto e os riffs de
Anderson Gomes.
O deserto é a escola de Deus para o crente e é com essa certeza que Moisés Cleyton se inspirou para compor
Não vai faltar que começa lenta apenas com violão e cordas na introdução até pegar toda aquela força típica das canções de Cassiane.
Faz-me viver outra vez foi escrita por
Elaine Araújo que assinou também a canção
Sementes da fé (2005) e é um rock um pouco mais leve do que
Sou um milagre de Deus e se baseia na passagem do vale dos ossos secos.

Encerrando o álbum, a cantora traz um alerta sobre a volta de Cristo com
Jesus Cristo vem (Hemerson Poubel) que remete ao tema de
Celebrarei e
O Nazareno e lembra muita a belíssima
Tremendo e Santo (2003) com as declamações da cantora que também fez bonito nas fotos da capa clicadas pelas lentes de
Cristiana Mendonça que passaram pelas mãos de
Carlos André Gomes, responsável por um digipack duplo todo em verde que valorizou muito bem esse espírito de esperança e vida que Cassiane quis transmitir. É... Parece que o tempo de excelência passou mesmo e o negócio agora é viver e viver muito bem o melhor de Deus.