Perseguindo o sonho do hexacampeonato ao lado da seleção brasileira, a MK Music apresenta sua terceira música em oito anos com temática da Copa do Mundo. Não sabia? Pois acredite! Em 2010, a gravadora lançou o projeto Brasil com Cristo Batendo um Bolão (disponível para venda até hoje no MK Shopping), que trouxe o hit Hexacampeão interpretado por Nádia Santolli. Mas, infelizmente, naquele ano o Brasil foi eliminado nas quartas de final no jogo contra a Holanda.
Escrita por Dan Marinho, da dupla sertaneja Dan e Janaína, Só Entro em Campo com Deus teve seu clipe lançado na véspera da estreia da equipe de Neymar nos campos contra a Suíça, que terminou em empate. Foram necessários sete dias para produzir a música e o clipe, que contou com um time de peso na produção com direito até a coreografia. “O Dan é um grande amigo que sentiu no coração de compor uma música que falasse sobre nós brasileiros. Somos apaixonados por futebol e confiamos tudo que fazemos nas mãos de Deus. Por isso, o nome ‘Só Entro em Campo com Deus’. Quem sabe vamos comemorar o tão sonhado hexacampeonato?”, falou Makie em entrevista ao Pleno.News.
Quatro anos após o fatídico 7 a 1 contra a Alemanha que roubou o sonho do hexa dos brasileiros, a bola voltou a sorrir nos campos com uma nova chance para a seleção brasileira só que dessa vez na Rússia. E como brasileiro, independente de raça, sexo ou até mesmo religião, curte futebol, o Pregador Luo aproveitou o clima verde e amarelo para apresentar o lyric video da canção O Rei dos Campos, que faz parte do álbum Retransmissão composto por remixes de alguns de seus sucessos juntamente com faixas inéditas lançado pela Universal Music Christian Group em agosto passado.
Escrita como forma de unificar o hip hop com o futebol, Luo quis homenagear os reis do futebol que estão pelo mundo, de Pelé a Neymar. “O hip hop é a música ouvida nas periferias, a música ouvida pela maioria dos jogadores de futebol. A canção é para oferecer alegria porque o futebol é o ópio, mas também é a alegria do povo. E eu quis fazer isso para motivar os atletas e aqueles brasileiros que estão aí na corrida para conquistar seus ideais”, explicou Luo, que fez algo semelhante em 2008 com o álbum Música de Guerra – 1ª Missão, só que homenageando os lutadores de MMA e que trouxe a conhecida Já Posso Suportar com participação do Trazendo a Arca.
Fonte: Diane Duque (Universal Music Christian Group)
Elaine de Jesus se uniu a Clebiane e Fabiana Lopes para lançar nova versão de seu antigo sucesso (Divulgação)
Comemorando 25 anos de carreira, a cantora Elaine de Jesus apresenta
a releitura de um dos grandes sucessos de seu ministério – a canção Esperança Linda, escrita por Elizeu
Gomes e que faz parte originalmente de seu álbum Muito Especial, o terceiro de sua trajetória lançado em 1999 e que
vendeu mais de 300 mil cópias na época conquistando Disco de Platina. “Assim que surgiu a ideia de fazer um
projeto comemorativo de 25 anos, espontaneamente essa música veio á minha
cabeça. É uma canção muito amada por várias pessoas e, curiosamente, ficou de
fora dos meus dois DVDs anteriores”, declarou a intérprete sobre a escolha
da faixa.
Produzida com uma nova roupagem por André Bereta, o single
conta com a participação especial das cantoras Clebiane e Fabiana Lopes e abre
as comemorações das duas décadas e meia de ministério de Elaine, que promete
trazer ao público uma série de clássicos em novas versões nos formatos ao vivo
e acústico. A nova versão da faixa e todos os futuros singles farão parte de um
álbum completo lançado de forma exclusiva nas plataformas digitais, algo
inédito na carreira da artista.
Além do áudio nas plataformas de streaming, a nova roupagem
de Esperança Linda ganhou uma Live
Session disponibilizada no YouTube através do canal oficial da cantora, com
direção e edição de vídeo de Ricardo Souza.
Hoje o mundo
evangélico, ou melhor, o mundo perdeu um de seus grandes influenciadores. Aos 99
anos Billy Graham, talvez o maior evangelista de seu tempo, faleceu em sua casa em
Montreat, na Carolina do Norte (EUA), de acordo com Jeremy Blume, porta-voz da
Associação Evangélica Billy Graham. Nos últimos anos ele vinha lutando
contra o mal de Parkinson e desde 2005 não realizava mais as cruzadas públicas.
Em 2013 transmitiu os últimos programas televisivos, no programa Minha
Esperança, criado pelo seu ministério.
Nascido em 1908, William Franklin Graham Jr. se formou em teologia na
Faculdade de Wheaton e foi ordenado pastor em 1939. Dez anos depois, deu início
ao grande marco de sua trajetória, realizando viagens como evangelista pelo Estados
Unidos até que em 1954 realizou a primeira grande cruzada.
Segundo a
assessoria, Graham pregou em 185 dos 195 países do mundo e converteu ao
Cristianismo mais de três milhões de pessoas. No Brasil, esteve em cruzadas no
Rio de Janeiro em 1960 e 1974, retornando em 2000 para mais uma cruzada em Recife e a última
foi em São Paulo, em 2008.
Billy Graham no Maracanã em 1974
Além de grande evangelista, Billy
Graham também serviu como conselheiro de diversos presidentes da república
americanos e figurou sucessivas vezes em listas de pessoas “mais influentes do
mundo” da revista Time. Tornou-se capelão não-oficial da Casa Branca para todos
os presidentes desde Harry Truman (1945-1953), além de ter se encontrado com
diversos líderes mundiais.
Billy Graham com o Ex-Presidente Barack Obama
Graham em jantar com o Ex-Presidente JFK
Um desses encontros foi retratado recentemente no episódio Vergangenheit da segunda temporada da
série The Crown, no qual Billy Graham – intepretado por Paul Sparks – aconselha a jovem
rainha Elizabeth II, vivida por Claire Foy.
HOMENAGENS
Várias personalidades prestaram homenagens póstumas a Billy Graham. A família
enviou uma nota à imprensa com palavras escritas pelo neto Will: “Meu avô disse
uma vez: ‘Um dia você vai ouvir que Billy Graham morreu. Não acredite nisso.
Naquele dia, eu vou estar mais vivo do que nunca! Vou ter apenas mudado de
endereço’. Meus amigos, hoje meu avô mudou-se da terra dos mortos para a terra
dos vivos”.
The GREAT Billy Graham is dead. There was nobody like him! He will be missed by Christians and all religions. A very special man.
“Não havia ninguém como ele. Ele fará falta aos cristãos e a todas as
religiões. Um homem muito especial”
O mundo hoje perdeu um intercessor, um líder, um evangelista, uma reserva moral. Uma perda irreparável. Embora o céu se Alegre, a terra se entristece. Faleceu o Rev BILLY GRAHAM. 😭🙏🏻🙏🏻 pic.twitter.com/su8vrxeLhU
O Gospel no Divã completou dez anos no ar no dia 28 de
janeiro de 2018 e para comemorar a data preparamos uma promoção super especial
para você que ama música e curte ouvir seus artistas favoritos pela Deezer e
ainda arrematar mais brindes.
Feito em parceria com a Deezer, Musile Records e a loja Meu
Presente, o Gospel no Divã vai presentear duas pessoas com um kit contendo os
DVDs Pra Te Contar Meus Segredos, de
Isadora Pompeo, e Piano e Voz, Amigos e
Pertences – Volum 2, de Paulo César Baruk e Leandro Rodrigues, ambos
lançados pela Musile. Além disso, o kit conta com uma caneca exclusiva do nosso
site e um código que permite desbloquear o pacote Premium da Deezer durante
seis meses. Ou seja: você vai ouvir todas as suas músicas pela plataforma
digital e ainda poder baixar pra ouvir sem internet completamente de graça.
Para concorrer, basta seguir o passo-a-passo.
1. Siga nosso perfil
no Instagram – @gospelnodiva – e curta a foto da promoção (imagem ilustrativa
ao lado);
3. Marque 03 (três)
amigos nos comentários da foto.
Pronto, você já está concorrendo automaticamente. A promoção
é válida de 14 a 23 de fevereiro e o resultado será divulgado durante uma LIVE
em nosso Instagram no dia 24 (sábado).
FALA, GALERA!
Como forma de interagir melhor com você que é inscrito em nosso canal no
YouTube – www.youtube.com/gospelnodiva – e fazer com que ele seja feito com a
maior participação de vocês, criamos um grupo no Facebook chamado PRODUTORES DO GND. Escolhemos esse nome
porque são vocês quem mandam e lá poderão enviar sugestões de temas para os
vídeos, compartilhar ideias, novidades e conversar sobre os videos do canal e
as últimas novidades desse louco mundo gospel
Só pedimos que os assuntos tratados não fujam do tema proposto
(então, por favor, sem brigas políticas, ok rs). Sinta-se livre em opinar, estaremos
lá para ouvir e interagir com todos. Forte abraço e vida longa ao Grupo dos
Produtores do GND
Ah, aproveite e nos acompanhe nas nossas outras redes
sociais:
O que você fazia há 15 anos? Muita coisa aconteceu em 2002
em várias esferas da sociedade e é óbvio que não seria diferente no cenário
musical. Por isso, nós do Gospel no Divã estreamos uma série especial em nosso canal
no YouTube para relembrar o que estava sendo lançado no mercado naquela época. Nossos
vlogueiros Rafael Ramos e Raphael Teodoro citaram canções como Tempo de Vencer, de Jamily e Robinson
Monteiro, as pentecostais Sempre Fiel
e É Demais, gravadas respectivamente
por Rose Nascimento e Elaine de Jesus, e os louvores congregacionais de David
Quinlan, Pr. Antônio Cirilo e Igreja Batista Nova Jerusalém. Aperte o play e
mate saudades dessa época boa da nossa música:
Além do vídeo, você pode conferir 30 sucessos de 2002
reunidos em nossa playlist especial na Deezer intitulada De Volta para 2002:
1. Diante do Trono – Nos Braços do Pai
2. Koinonya – Disponível em Tuas Mãos
3. Ministério Nova Jerusalém – Tua Unção
4. Comunidade Evangélica Internacional da Zona Sul – Debaixo
do meu Pé
5. Prisma Brasil - Acima de Tudo
6. David Quinlan – Enche Este Lugar
7. Antônio Cirilo – Poderoso Deus
8. Ludmila Ferber – Unção sem Limites
9. Rose Nascimento – Sempre Fiel
10. Elaine de Jesus – É Demais
11. Rayssa e Ravel – Quando Ele decide
12. Shirley Carvalhaes – Manhã em Jersualém
13. Lauriete – Toca nas Águas
14. Rozeane Ribeiro – Brado de Vitória
15. Jamily – Tempo de Vencer
16. Fernanda Brum – Amo o Senhor
17. Marina de Oliveira – Jesus, Volta Logo
18. Raquel Mello – Tua Face
19. Liz Lanne – Milagre
20. Pamela – Caminho da perfeição
21. Voices – Sai
22. Novo Som – Voz do Coração
23. Oficina G3 – Te Escolhi
24. Catedral – Tchau
25. Resgate – Para todos os Efeitos
26. Quatro por Um –
Cinco Pães e Dois
27. Brother
Simion – Johnny
28.
Leonardo Gonçalves – Getsêmani
29. Alex Gonzaga – Aprender a Perdoar
30. Cassiane e Jairinho – Cada Instante de Nós Dois
Com um investimento inédito no segmento gospel desde outubro
de 2016, o serviço de streaming Deezer divulgou os 100 álbuns mais ouvidos na
plataforma e revelou que, dentro dessa lista, 12 dos discos mais ouvidos por
brasileiros são de artistas pertencentes ao gênero.
Dentre os projetos está o álbum Acenda a Sua Luz, o mais recente trabalho de Aline Barros pela MK
Music, que foi lançado de forma exclusiva na Deezer. A cantora Gabriela Rocha também
figura na lista com o projeto Até
Transbordar, seu primeiro DVD ao vivo gravado na Lagoinha Niterói. Já André
Valadão aparece na lista com o CD Bossa
Worship, reunindo versões de sucessos internacionais no estilo genuinamente
brasileiro. Ao lado deles ainda estão Daniela Araújo, Leonardo Gonçalves,
Anderson Freire, Fernandinho, Dunamis e Preto no Branco, que figurou entre os
dez canais da Vevo mais assistidos no Brasil em 2016 e também teve o vídeo da
canção Ninguém Explica Deus entre os
dez clipes mais assistidos em território nacional.
E de olho cada vez mais no crescimento no gênero gospel no
segmento digital, a Deezer promoveu duas ações na última semana com Isadora
Pompeo e Gabriel Guedes. Prestes a lançar seu primeiro trabalho pela Musile
Records com a produção de Hananiel Eduardo, Isadora participou de uma live no
escritório da empresa. Já Gabriel Guedes, conhecido por seus covers postados em
seu canal no YouTube, estrelou o primeiro episódio do Deezer Apresenta, uma série em vídeo que visa mostrar geandes
sucessos em versões ao vivo e exclusivas dentro da plataforma.
Disponível em mais de 180 países em todo o mundo, a Deezer
conecta mais de dez milhões de fãs de música de todo o mundo com mais de 43 milhões
de faixas em um catálogo de streaming de música disponível em qualquer
dispositivo. Confira a seguir a listagem dos 12 álbuns gospel mais ouvidos na
plataforma:
5º lugar: Aline Barros – Acenda a Sua Luz
17º lugar: Gabriela Rocha – Até Transbordar
28º lugar: Daniela Araújo – Doze
42º lugar: André Valadão – Bossa Worship
43º lugar: Leonardo Gonçalves – Princípio
45º lugar: Dunamis – Fornalha
47º lugar: Preto no Branco – Ao Vivo
49º lugar: Fernandinho – Galileu
51º lugar: Fernandinho – Teus Sonhos
63º lugar: Aline Barros – Extraordinária Graça
77º lugar: Anderson Freire – Deus Não Te Rejeita
82º lugar: Anderson Freire – Raridade
Lembrando que Aline Barros, Gabriela Rocha, Daniela Araújo,
Leonardo Gonçalves, Preto no Branco, Isadora Pompeo, Gabriel Guedes e Fernandinho
são alguns dos artistas que estão em nossa plataforma GND HITS lançada em
parceria exclusiva com a Deezer:
O Gospel no Divã completa 09 anos em 2017 e a gente não
podia deixar essa data passar em branco e como o assunto por aqui é música,
preparamos uma playlist com os maiores sucessos do gospel nacional em parceria
com a Deezer – a GND HITS.
São 40 artistas representantes dos mais variados estilos – pop,
rock, adoração, pentecostal – reunindo cantores das principais gravadoras do
mercado, além da turma independente que tem desbravado seu caminho no cenário
brasileiro.
Aperte o play abaixo e confira o que reservamos para você:
1. Fernandinho – Galileu
2. Daniela Araújo – Entrega (feat. Lito Atalaia)
3. Gabriela Rocha – Teu Santo Nome
4. Fernanda Brum – O que Sua Glória fez Comigo
5. Eyshila – O Milagre sou Eu
6. Cleyde Jane – Nasci pra Vencer
7. Aline Barros – Depois da Cruz
8. Priscilla Alcantara – Sou Escolhido
9. Paulo César Baruk – Santo Espírito (feat. Leonardo
Gonçalves)
10. Delino Marçal – Deus é Deus
11. Leonardo Gonçalves – Acredito
12. Novo Som – Espelho
13. Palankin – Pulsante
14. Oseas Silva – Eu Vivo Pela Cruz
15. PG – Ser Alguém
16. Felipe Valente – Despreocupado
17. DJ PV e Som & Louvor – Rei Davi
18. Damares – Ressuscita
19. Cassiane – A Oferta sou Eu
20. Gabriela Gomes – Eu sei quem Você é (feat. TWyse)
21. Kecia – Aleluia
22. Eli Soares – Eu Sou
23. Gabriel Guedes – Noiva
24. Arianne – Onde está teu Deus? (feat. Daniela Araújo)
25. DN1 – Essência da Adoração
26. Rafael Bitencourt – Deus de Novos Começos
27. Amanda Rodrigues – Seu Amor
28. Catedral – Sem Você eu nada Sou
29. Vanilda Bordieri – Dependemos de Deus
30. Isadora Pompeo – Toca em Mim de Novo
31. Mariah Gomes – Asas
32. Estevão Queiroga – A Partida e o Norte
33. Bruna Olly – Deus faz Além
34. Livres pra Adorar – Porque Ele Vive (Amém)
35. Leonardo Duarte – Curado Eu Serei
36. Asas da Liberdade – Canção do meu Coração
37. Ministério Vou Clamar – Vou Clamar
38. Gerados pra Adorar – Indescritível
39. Renascer Praise – Daniel
40. Preto no Branco – Ninguém Explica Deus (feat. Gabriela
Rocha)
Um dos grandes desbravadores da música evangélica no final
da década de 70, o Rebanhão completa 35 anos em 2016 e a data não poderia
passar em branco. Não é à toa que a formação clássica da banda composta por
Carlinhos Félix, Pedro Braconnot e Paulo Marotta se prepara gravação de um DVD
comemorativo que acontecerá no dia 05 de novembro (sábado), às 18h, na Assembleia
de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), localizada na Rua Montevidéu, 900, Penha, na
zona norte do Rio de Janeiro.
O público presente na gravação participará de um momento
histórico da música gospel nacional com um repertório trazendo grandes
recordações do grupo, que ainda contava com a presença de Janires, falecido em
1988. Não irão faltar sucessos como Baião,
Primeiro Amor, Casinha, Nele a Gente Pode
Confiar e Palácios.
Precursores do rock cristão no Brasil, os músicos lotaram
casas de espetáculos, como o famoso Canecão no Rio de Janeiro e foram os
primeiros do segmento a assinar com as multinacionais Polygram e Warner. Seu
encerramento no ano 2000 deixou saudades e cria uma expectativa muito grande
por parte da banda e do público que acompanha e aguarda pelo retorno do
Rebanhão.
Gravação DVD Rebanhão
35 anos
Data: 05 de novembro (sábado)
Abertura dos portões às 18h
Local: ADVEC Sede – Rua Montevideo 900, Penha, Rio de
Janeiro – RJ
Carmen Silva foi um dos grandes nomes da música brasileira e era conhecida como Pérola Negra | Foto: Divulgação
Considerada uma das grandes vozes da música brasileira, a cantora Carmen Silva, conhecida como Pérola Negra, faleceu na manhã da última segunda-feira (26), aos 71 anos, em decorrência de uma parada cardíaca provocada por uma tromboembolia, que acontece quando uma ou mais artérias dos pulmões são bloqueadas por um coágulo sanguíneo. A cantora estava internada desde o último dia 21, no Hospital Presidente, no bairro Tucuruvi, em São Paulo.
Registrada como Carmem Sebastiana de Jesus, a cantora nasceu na cidade de Veríssimo, em Minas Gerais, e gostava de cantarolar os sucessos da época desde pequena e, sempre que podia, frequentava os programas de calouros, onde conheceu Silvio Santos, que foi peça fundamental para o início de sua carreira.
Seu grande estouro foi em 1969, com o hit Adeus, Solidão, tornando-se assim um fenômeno de vendas. Após algumas desilusões e problemas emocionais e familiares, aceitou a Cristo e, em 2001, começou a carreira gospel ao ser convidada pelo Missionário R. R. Soares para integrar o cast da Graça Music, onde vendeu mais de 100 mil cópias de seu primeiro CD gospel. Pela gravadora ela ainda lançou os álbuns Carmen Silva Vol. 1 (2004), Carmen Silva Vol. 2 (2006) e Minhas Canções na Voz de Carmen Silva (2008). Sempre presente nas caravanas do Missionário R. R. Soares, Carmen escolheu não renovar contrato com a gravadora e passou a se dedicar a assuntos pessoais, deixando a carreira como cantora em segundo plano.
Familiares e amigos estiveram presentes no sepultamento da cantora, que aconteceu em São Paulo | Foto: Leo Franco (EGO)
O sepultamento aconteceu nesta terça-feira (27), às 16h30, no Cemitério Municipal São Miguel Arcanjo, em Santana do Parnaíba (SP), reunindo amigos e parentes, que juntos cantaram Segura na Mão de Deus. Em seus perfis no Instagram, as cantoras Sandrinha e Dayane Damasceno, que conviveram com Carmen Silva na época da gravadora, prestaram suas homenagens à artista, que também participou do clipe Cinderela, do Ao Cubo, música que integra o CD Entre o Desespero e a Esperança (2007).
A última edição do Acervo Gospel foi em janeiro de 2014
relembrando de forma especial a carreira de Nelson Ned, que faleceu naquele mesmo mês em decorrência das complicações de um quadro de pneumonia. Agora,
estamos nos preparando para trazer essas memórias tão importantes ao nosso
site, mas de uma maneira diferente. E como forma de celebrar a história da
nossa música, preparamos uma playlist especial no SPOTIFY e no DEEZER com 30
canções desde a década de 40 até 2001. Abrimos a lista com a inconfundível
interpretação de Mahalia Jackson para o clássico Amazing Grace, além de outros grandes nomes como Elvis Presley, Amy
Grant, Kirk Franklin, Denise Cerqueira, João Alexandre e Marina de Oliveira.
1. Amazing Grace –
Mahalia Jackson (1947)
2. He Touched Me –
Elvis Presley (1972)
3. El Shaddai – Amy
Grant (1982)
4. Friends – Michael
W. Smith (1983)
5. Um Milagre, Senhor
– Prisma Brasil (1987)
6. Extra Extra –
Katsbarnea (1989)
7. Dia de Pentecoste
– Mattos Nascimento (1991)
8. Pra Cima, Brasil –
João Alexandre (1991)
9. Atualidades –
Cassiane (1992)
10. Renova-me –
Denise Cerqueira (1992)
11. Primeiro Amor –
Carlinhos Félix (1993)
12. Faraó ou Deus –
Shirley Carvalhaes (1994)
13. El Nombre –
Nelson Ned (1994)
14. Não Desista do
seu Sonho – Marina de Oliveira (1995)
15. Sem Limites –
Aline Barros (1995)
16. Campeões da Vida
– Rose Nascimento (1996)
17. Ao Amigo Distante
– Cristina Mel (1997)
18. O Lamento de
Israel – Sergio Lopes (1997)
19. Purifica-me –
Kleber Lucas (1997)
20. Sonhos – Fernanda
Brum (1997)
21. Vem Encher-me –
Eyshila e Fernanda Brum (1997)
22. Lean on Me – Kirk
Franklin (1998)
23. Enciende una Luz
– Marcos Witt (1999)
24. Llegar a Ti –
Jaci Velasquez (1999)
25. I’ll Trust You,
Lord – Donnie McClurkin (2000)
Pessach é o termo
hebraico para denominar a Páscoa judaica, que celebra a libertação do povo do
Egito e significa “passar além”. E foi através do sacrifício de Cristo que o
homem pôde passar além, além do véu que nos separava de Deus e refazer nossa aliança
com o Criador. Por isso, o Gospel no Divã escolheu a palavra Pessach para nomear nossa playlist
especial de Páscoa que está disponível no Spotify.
Nomes como Cassiane, Denise Cerqueira, Oficina G3, Chris
Tomlin, Lilly Goodman e Jesus Culture figuram em nossa seleção de músicas que
celebram a nova chance que Deus deu à toda humanidade. Cristo, nossa Páscoa, se
entregou por nós. Então, aperte o play e vamos juntos adorar ao Senhor.
1. Sem Palavras – Cassiane
2. Jerusalém e Eu – Denise Cerqueira
3. Redenção – Fernanda Brum
4. Cristo já Ressuscitou – Eyshila
5. Som do Amor – Cristina Mel
6. A Cruz – Betânia Lima
7. Pra Sempre – Fernandinho
8. O Ladrão em Mim – Livres para Adorar
9. Me Ama – Diante do Trono
10. Vou deixar na Cruz – Kleber Lucas
11. Pela Cruz – Gui Rebustini e Aline Barros
12. Hoje eu sou Pai e Entendo – Thalles
13. A Cruz – Priscilla Alcântara
14. Manhã em Jerusalém – Shirley Carvalhaes
15. Entre nós Outra Vez – Sérgio Lopes
16. Herói dos Heróis – Novo Som
17. Ele se Foi – Oficina G3
18. Ele Vive – Leonardo Gonçalves
19. Porque Ele Vive – André Valadão e César Menotti & Fabiano
20. At the Cross – Hillsong
21. Forever – Kari Jobe
22. Because He Lives (Amen) – Matt Maher
23. Above All – Michel W. Smith
24. How He Loves – Jesus Culture
25. Es Tu Amor – Lilly Goodman
26. Worthy is the Lamb – Darlene Zschech
27. Amazing Grace (My Chains are Gone) – Passion
28. Jesus Loves Me – Chris Tomlin
29. Glorious Day (Living He Loved Me) – Casting Crowns
“Já tentou olhar / Tudo
ao teu redor / E descobrir que falta / Sempre o melhor / Sempre triste está / Sempre
em solidão / E vazio vive o seu coração”. Quem acompanhou a música
evangélica brasileira feita em 1997 pode ter esbarrado em algum momento com esse
som da banda Contato Vital. Os músicos, que se reuniram dois anos antes, eram
um dos representantes do rock cristão feito na época. O som que surgiu entre
amigos de infância logo se tornaria um dos sucessos na programação da Rádio El
Shaday (atual 93 FM) e renderia um contrato pela MK Music (Publicitá na época).
Após dois discos lançados pela gravadora – Idas
e Voltas (1996) e O Melhor (1997)
– os músicos lançaram ainda um álbum pela Top Gospel – A Marca (2004) – até decidirem dar um tempo na carreira.
Nove anos depois de período sabático, a banda – que atualmente
conta com Mauro Lucas (guitarra e backing-vocal), Guedes (baixo), Gutto Vieira
(bateria) e Gilberto Dias (vocalista desde a formação) – retornou ao mercado no
ano passado lançando o CD Tempos
Modernos, Erros Antigos e também o clipe da faixa Belas Catedrais, uma canção em forma de denúncia da falsa
religiosidade vista ao redor do mundo. E com o intuito de anunciar a verdade
que liberta, que Gilberto Dias concedeu essa entrevista ao Gospel no Divã para
contar um pouco da história do Contato Vital, falar sobre o novo tempo da banda
e como está sendo voltar à ativa em meio ao novo cenário da forma de fazer
música. Acompanhe a seguir a entrevista e saiba mais sobre o grupo através do
site www.contatovital.com.br:
Contato Vital voltou ao mercado em 2015 com nova formação e novo CD | Fotos: Divulgação
1. Vocês foram uma
das bandas que marcaram o cenário gospel nos anos 90, surgindo para o mercado
em 1995. Mas como começou a história do Contato Vital e o envolvimento de cada
um de vocês com a música?
A banda surgiu entre
amigos de infância, todos criados no Evangelho e atuantes na área da música, cada
um na sua igreja.
2. Como surgiu a
ideia do nome e vocês já pensavam em viver da música desde o início?
O nome surgiu da
análise daquilo que entendemos que Jesus é na vida do ser humano: uma presença
vital que dá sentido A existência que preenche o vazio que existe em todos que
ainda não tiveram um real encontro com Ele. Quando iniciamos não havia a ideia
de viver da música, apenas o desejo de anunciar a Palavra de Jesus através da
música, que é o talento que Deus concedeu a cada um.
3. Quais eram as
principais influências de vocês?
Temos influências bem
diversificadas, desde o rock tradicional passando pelo blues e jazz. Somos bem
ecléticos, gostamos de música boa.
4. Como era fazer
rock para o público evangélico naquela época e inserir o estilo principalmente
entre as igrejas?
Quando começamos, o
caminho já tinha sido aberto por nomes como Janires, Rebanhão, Sinal de Alerta
entre outros. Vivenciamos uma pressão menor, mas que ainda se mostrava presente
em alguns locais.
5. Como nasceram suas
primeiras canções e como era a receptividade do público?
Nasceram de maneira natural
já que éramos do grupo de louvor da igreja. Na época, surgiram alguns festivais
e nos concentramos em compor já que, para participar destes eventos, teríamos
que apresentar músicas inéditas e a receptividade do público era intensa e
motivadora.
O vocalista Gilberto Dias
6. Quando decidiram
entrar em estúdio para gravar seu primeiro álbum – “Idas e Voltas (1996)” – e
como foi a experiência?
Depois de algum tempo
participando de vários eventos em diversas igrejas, tínhamos um repertório
grande e o caminho natural era gravar esse material. Gravamos com recursos
próprios e foi uma experiência enriquecedora.
7. Como surgiu o
convite para entrar na MK Music e como foi fazer parte do cast da gravadora?
Com o material pronto
fizemos uma primeira tiragem de CDs e decidimos divulgar o trabalho com spots
publicitários na Rádio El Shaday (atual 93,3 FM) do RJ. Uma das músicas entrou
na programação da rádio e, na primeira semana de execução, alcançou o primeiro
lugar entre as mais pedidas. Este fato levou a MK a entrar em contato conosco e
surgiu o convite para entrar para gravadora.
8. E como foi gravar
o segundo disco – “O Melhor (1997)”? Que mudanças vocês sentiram com as
experiências adquiridas na produção do disco anterior?
No segundo trabalho já
tivemos uma estrutura melhor. Acesso a equipamentos mais modernos, já que no
primeiro trabalho tivemos a limitação financeira.
9. Por que resolveram
dar um tempo na carreira e só lançar um terceiro trabalho – “A Marca” – em 2004
e por outra gravadora?
Circunstâncias que são
inerentes ao mercado fonográfico não contribuíram para que continuássemos na
gravadora e optamos por dar um tempo e cada um se dedicou neste período a
projetos pessoais. Em 2004, nosso amigo Sérgio Lopes estava na gravadora Top
Gospel e tínhamos uma grande quantidade de material pronto e, por intermédio do
Sérgio, negociamos a gravação de um trabalho com a Top Gospel. Foi um período
complicado, pois já estávamos com os projetos individuais a todo vapor e
tivemos que conciliar com a divulgação desse novo trabalho.
10. Como foi contar
com a participação de Sergio Lopes no disco de vocês?
Foi maravilhoso tanto
pela qualidade artística quanto pela figura humana que ele é: uma pessoa
simples e sempre disposta a ajudar.
11. Após o “CD A
Marca”, vocês novamente deram uma parada e só lançaram um novo trabalho no ano
passado. Como está sendo retornar ao mercado depois de tanto tempo?
Exatamente por conta
dos projetos que já estavam em andamento como a escola de música que alguns
integrantes já tinham consolidado mais as atividades profissionais fora do meio
musical. Não achamos viável continuar e nesse período o mercado fonográfico já
dava sinais da transformação que sofreria com a força da internet e suas redes
sociais.
A banda lançou os CDs Idas e Voltas (1996) e O Melhor (1997) pela MK Music e o CD A Marca (2004) pela Top Gospel, com participação especial de Sérgio Lopes
12. Vocês já pensaram
em desistir da carreira em algum momento e, com o passar do tempo, vocês ainda
mantêm a mesma formação?
Não seria radical em
falar a palavra ‘desistir’, mas, com certeza, nesta fase que citei de transição
que víamos o mercado sofrer não víamos motivação para continuar. Queríamos
liberdade para tocar em temas mais profundos e o mercado estava dominado por
clichês repetições do mesmo tema. O público estava ávido por algo novo, mas
quem dominava o mercado preferia mais do mesmo. O que nos motivou a lançar esse
novo trabalho foi a força que a internet ganhou na divulgação da música. A
formação não é a original, vamos disponibilizar em nossa página o histórico da
banda com foto e nome de todos que ajudaram desde o princípio a construir nossa
história.
CD Tempos Modernos, Erros Antigos (2015)
13. O nome “Tempos
Modernos, Erros Antigos” é bastante sugestivo. Como definiram repertório e quem
foi responsável pela produção musical? Por que optaram por esse estilo e como
chegaram ao conceito da capa?
O título nos leva a
refletir sobre o avanço tecnológico que a humanidade alcançou e, no entanto, os
erros que provocam todas as mazelas que afligem a todos nós continuam os
mesmos. Já tínhamos material que vínhamos compondo e selecionamos as músicas
que se adequavam a esta proposta. A produção ficou a cargo de Marcos
Quarterolle, Gilberto Dias e nosso amigo Fill. do Studio Fillbuc Produções. A
capa retrata o título do CD: o rosto de um robô e embaixo fica à mostra o rosto
humano deteriorado pelo pecado.
14. Falando agora
sobre o single “Belas Catedrais”, ele carrega em si o conceito do álbum com essa
crítica a atual situação do Evangelho. Como foi a gravação do clipe, quem foram
os responsáveis pelo projeto e como foi dar imagem à mensagem da canção?
O álbum não está
ancorado nesta temática, mas resolvemos enfatizar a questão com esta música,
pois vemos que de algumas décadas pra cá alguns segmentos chamados cristãos se
mostram cada vez menos preocupados com a mensagem de arrependimento e conversão
dos pecados, de uma verdadeira metanoia. Estão focados na teologia da
prosperidade em campanhas que se utilizam de amuletos beirando ao sincretismo
religioso. Toda concepção do clipe foi da própria banda.
15. Vocês começaram
em 1995 e hoje em dia o jeito de consumir música mudou bastante com o avanço do
digital e do streaming. Como está sendo a adaptação a esses novos tempos?
Foi uma mudança
bem-vinda que tornou a música mais democrática. Hoje com equipamentos de
qualidade se faz um trabalho em um Home Studio, mas há algum tempo era
necessário um aparato gigantesco que tornava caríssima a produção de um trabalho
e a plataforma digital faz com que o trabalho chegue com mais agilidade ao
ouvinte.
16. “O Melhor” até
hoje é lembrado como um dos grandes sucessos da banda, mas que outras canções
nunca podem faltar nas apresentações do Contato Vital?
Tivemos músicas
marcantes nos três trabalhos anteriores: Frágil
Vida, Verso e Reverso, Geração Woodstock, A Marca são alguma delas.
17. Que mensagem
vocês deixam para o público que acompanha a banda desde o início e para aqueles
que começaram a conhecer o som de vocês?
Que busquem crescer no
conhecimento da palavra de Deus porque o conhecimento liberta – “E conhecereis
a verdade e a verdade vos libertará (João 8.32)”. Cristo é a verdade que
liberta e liberta inclusive dos falsos profetas que usam o nome de Jesus em
benefício próprio.
Leeland, Marcela Taís, Felipe Valente, Os Arrais e Marcos Almeida são exemplos de hipster no meio gospel | Fotos: Facebook
Diferentão
Barroco
Leitor da Cult
Fã de Los Hermanos
Hipster-de-barba-e-camisa-xadrez
Não sei se você é um diferentão (ou diferentona), mas deve
ter visto ou até participado desse meme que andou viralizando na internet dias
atrás. Contudo, para o nosso assunto aqui, a compreensão de “diferentão”
servirá apenas como ponto de partida para o assunto principal: a cultura
hipster. Lembrando que, não necessariamente trata-se de uma cultura, se
levarmos em conta o real (mais usado) significado do que possa ser cultura,
propriamente. Mas, afinal...
TIME de agosto de 1994 | Foto: Reprodução
O que é “hipster”?
Para te situar sobre o assunto, vamos usar brevemente a
definição de uma pesquisadora sobre o termo, a professora Zeynep Arsel, da
Universidade da Concórdia, nos EUA. Em sua pesquisa, ela identificou que a
cultura hipster surgiu ainda nos anos 40, e essa nomenclatura – hipster – era usada
para descrever os apreciadores do jazz urbano afro-americano, que frequentavam
as redondezas de Harlem, bairro de NY.
Nos anos 50, porém, o escritor Norman Mailer usa esse termo
para descrever “pessoas brancas da classe média urbana que gostavam de sair da
zona de conforto para frequentarem clubes de jazz, geralmente frequentados por
negros”. Nos anos 60, 70 e 80, pouco se falou sobre os hipsters. Até que, em
1994, a revista Time publica uma matéria tratando do assunto e ele veio à tona
novamente: primeiro como assunto em voga e, já nos anos 2000, a cultura renasce
de vez.
Apropriações
Hoje, podemos dizer que os hipsters são grupos de pessoas,
majoritariamente jovens, que vivem de grandes cidades. Se fazem notar e se
percebem muito a partir da lógica das novas tecnologias. No comportamento, são
identificados como non-mainstream. E,
esteticamente, por um recorrente saudosismo, e por consumirem tudo o que a
indústria cultural produz de alternativo, o que está nas margens do pop.
A lógica neoliberal dos anos 90, a cibercultura e a cultura
de consumo dos anos 2000, e ainda o forte traço individualista de nosso tempo;
tudo isso contribuiu e contribui para a formação da cultura hipster atual. Ao
longo de uma trajetória de quase 80 anos, a sua apropriação pelo capitalismo a
transformou num formato estético de imperialismo para a amplificação do
consumo. De produtos, serviços e das artes (ora, transformada em produto).
Inclusive da música.
Hipster gospel, uma
tentativa
A música gospel brasileira, quase sempre em sua história,
foi marcada por referências que vieram do exterior. Se antes, esse traço de
formação da nossa música veio por conta da cultura protestante, que imigrou dos
EUA e da Europa, com o tempo, o aspecto gringo da musicalidade cristã aqui utilizada
ganhou status de fórmula que funciona comercialmente. E funciona mesmo.
Na segunda metade dos anos 2000, a cultura hipster deixou de
transitar apenas por territórios de contracultura (já vinha ensaiando esse
movimento há anos) e caiu na graça do pop e o influenciou. Referências
estéticas do hipster chegaram ao cinema (Wes Anderson pra quem?), na
publicidade e no design (flat ou minimalista?), na televisão (reparou naquela
fotografia inventiva de Breaking Bad?) e até na música ultra comercial (o nome
da banda é Fun.!). E em nomes do gospel internacional, como o coletivo Gungor,
a Bethel Music, o Leeland pós-2013 e os anos mais recentes do Hillsong United.
Todos esses contêm, em maior ou menor grau, uma musicalidade com traços indie.
A tentativa brasileira de promover uma experiência hipster
na música gospel está bem próxima dessas novas formas de consumo de música, que
se localizam no ambiente digital. E que constroem, a partir disso, uma
necessidade quase sensorial relacionada à obra de um artista, ou então, à
quantidade de conteúdo que é produzida a fim de manter o seu público, sedento
por novidades diárias, saciado.
Daniela Araújo | Foto: Leone Sena (2013)
Daniela Araújo é, talvez, o exemplo mais bem-sucedido desse
universo novo. A cantora, enquanto signo artístico da música gospel nacional,
nunca oferece apenas música aos seus ouvintes, mas toda uma rede de conteúdos
entrelaçados que se completam. E, por se completarem, fomentam um território
novo para que os consumidores de Daniela Araújo possam habitar. A cantora, que
por sinal também é uma boa fotógrafa, construiu um feeling de marketing
imagético e comportamental sustentado por suas fotografias, seus textos e
vídeos nas redes sociais e até em sua aparência, por meio de suas roupas e
penteados. É hipster!
Não apenas se escuta o ‘CD tal’ da artista Daniela Araújo,
mas se vive uma experiência que vem pelo ouvir, pelo olhar e pelo se expressar
(seja na interlocução com a cantora, que é bem ativa nas redes sociais; seja
por querer se vestir como ela ou postar na internet covers de suas canções).
Dani Araújo certamente não constrói sua carreira como outras
grandes estrelas do gospel, como Aline Barros, Cassiane ou Ana Paula Valadão;
ela está em outra vibe. Se propõe como uma nova alternativa não de modo a ser alguém
que é anti-pop, mas que faz uso do popular dentro de uma lógica de
diferenciação, que é, e muito bem obrigado, viável comercialmente. Daí o porquê
dela está dentro do que podemos considerar ser o que se denomina
hipster-gospel.
A artista pode até não ser figurinha fácil em programas da
TV aberta ou nenhum de seus dois discos pode ter vendido cem mil cópias e nem
tão pouco ela faz atualmente parte de uma grande gravadora (apesar de ter
iniciado sua carreira na Sony). Não por isso, ano passado ela executou um
projeto bem-sucedido de lançar canções, gratuitamente no YouTube. Uma por mês,
com os nomes dos meses. Suas canções mensais do projeto que recebeu o nome de 2015, quando não estão próximas da
marca de 1 milhão de visualizações, já passaram disso e só fazem crescer cada
vez mais. Além de Daniela, outros nomes também passeiam por essa tentativa:
Marcela Taís, Os Arrais, Felipe Valente, Crombie, Marcos Almeida e outros
exemplos.
Convergências e
resultantes
Michael e Lisa formam o Gungor | Foto: Divulgação
O hipster gospel é um falso “diferentão”. Primeiro, porque
segue uma lógica na qual artistas internacionais do gênero já faziam antes
(assim como também alguns nomes do que se convém chamar de ‘nova MPB’ fazem por
aqui fora do gospel). Segundo, porque a versão evangélica do hipster é non-mainstream ao ser comparada com os
grandes medalhões que já venderam milhões de discos, mas é ultra comercial no
nicho que criou pra si, a partir das experiências sensoriais aqui já citadas
que são possíveis a partir das possibilidades das novas mídias.
Muito se fala na morte do produto físico da música. E,
apesar de ninguém saber ao certo quando será o último suspiro do CD, uma nova
forma de consumir – não só no sentido monetário de comprar, mas também no
sentido afetivo de experienciar – já foi criada e só cresce cada vez mais.
Neste novo universo, cabe a pergunta que veio como manchete da Time em 94: “Se todos são hipsters... então, alguém é hipster?”.