Nelson Ned, uma história de vitória

Um dos grandes nomes da música brasileira, Nelson Ned faleceu no último domingo (05) | Fotos: Divulgação

“Tudo passa, tudo passará...”. Quem nunca ouviu o célebre trecho da canção de Nelson Ned? O cantor de uma vida vitoriosa, em todos os quesitos, nos deixou na manhã do último domingo (05). O pequeno gigante, apelido devido a sua estatura – ele tinha 1,12m – colecionou sucessos e arrebatou multidões de fãs por quase 50 anos de profissão.

Ned começou a cantar nos anos 60 com mais ênfase nas músicas românticas. Desde o começo fazia grandes apresentações em teatros, rádios e os programas de TV, mas a explosão veio com o eterno hit Tudo passará que o levou a apresentações nos Estados Unidos e na América Latina. O cantor ainda colecionou outros sucessos também como Se eu pudesse falar com Deus e Ninguém irá te amar mais do que eu e acumula 45 milhões de discos vendidos na carreira.

Apesar de tudo que conquistou, Nelson Ned contou em sua biografia – O Pequeno Gigante da Canção, lançada em 1996 – que enfrentou depressão no auge de sua carreira, passou a beber e envolveu-se com drogas. Além desse relato, o cantor também confessou ao apresentador Jô Soares que não sentia paz na vida que levava.

O cantor foi cremado no cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo

Tudo isso cooperou para a conversão de Ned em 1990. O seu primeiro trabalho gospel – Jesus está vivo – ganhou Disco de Ouro. Em sua carreira na música evangélica, ele lançou ainda oito álbuns de estúdio em português, um em espanhol e mais duas coletâneas onde colecionou sucessos como O nome, O Deus do impossível e Jesus está vivo.

Em 2003, Ned foi acometido de um AVC, o que o levou a perder a visão do olho direito. E sofria também de diabetes e hipertensão. Contudo, o cantor continuou a fazer apresentações e gravar CDs. A vitoriosa carreira de Nelson Ned foi interrompida devido a complicações de um quadro de pneumonia. Mas, seu exemplo de vida perdurará por muitos anos. O exemplo de alguém que com seu talento venceu o preconceito.

Fontes: Extra / G1