Uma das revelações musicais
dos últimos anos, o cantor Estêvão Queiroga esta lançando, pela Sony Music, o álbum NÓS - AO VIVO. Com o repertório formado pelo seu disco de estreia DIÁLOGO NÚMERO UM e
uma regravação de um dos grandes nomes da música brasileira, o novo trabalho de
Estêvão está disponível em todas as plataformas de streaming e está sendo disponibilizado também em vídeos no YouTube.
Nós do Gospel no Divã,
conversamos com o cantor sobre a gravação do que chamaríamos antigamente de CD
e DVD, estratégias de lançamento e as novidades da carreira do cantor.
Gospel no Divã: Ao invés de
fazer uma gravação com banda você preferiu praticamente o estilo voz e violão,
por que esta decisão?
Estêvão Queiroga: Esse
formato tem sido minha realidade nos últimos anos. Ele possibilita um show mais
livre, com interações, pausas e improvisos nas canções. Acabou permitindo que
eu incorporasse reflexões, canções inéditas e humor no show. Além, é claro, da
maior viabilidade logística que ele proporciona.
GND: Mauro Henrique,
InovaSamba....como foi a escolha das participações?
EQ: Amizade, admiração e o
“match” perfeito com cada faixa. Sou fã do Inovasamba, muito amigo do Lua
Lafaiette, produtor deles, e há muito tempo sonho em trazer a alegria deles pro
meu som. Deu certo e acho que “Nós” está em sua melhor forma. Sobre “Bom e
Mau”, quando meu irmão Jefté Salles e eu a compusemos, a primeira pessoa que
pensamos que deveria gravá-la era o Mauro Henrique. Na época não o conhecia pessoalmente.
Tempos depois nos tornamos grandes amigos. Quando fiz o convite, ele topou na
hora. Além disso, ele acrescentou o lance dos loops que já faz parte da
identidade dele e deixou nossa versão única. David Maia que toca violão comigo
em Mais Uma Porta já tinha gravado as guitarras do meu primeiro álbum e
Henrique Torres, que dividiu comigo “Corre Atrás do Vento” é um irmão pra mim.
Tudo em casa.
GND: Os vídeos estão sendo
lançados na posição vertical, uma opção para o Mobile. O que levou a adotar
essa estratégia?
EQ: Decidimos gravar em
celular e lançar pra celular. A maioria avassaladora das pessoas consome vídeos
pelo celular e decidimos abraçar isso. Além de contarmos em alguns dos clipes
com imagens captadas pelo público. Tivemos que alugar celulares e, no fim, não
ficou mais em conta que fazer com câmeras DSLR, mas deixou mais original,
espontâneo e como na maioria dos casos estou sozinho no palco, com as pessoas
em pé, o resultado estético me agradou bastante. Acho que as pessoas também tem
curtido assistir os vídeos na vertical.
GND: Milton Nascimento é uma
referência. Dentre inúmeras músicas dele e de outros grandes nomes da MPB, por
que "Caçador de Mim" e o que ela representa para você?
EQ: Essa não é do Milton,
mas foi eternizada na voz dele. Como tantas outras canções às quais ele deu voz
e vida, essa é uma que eu adoraria ter feito, porque tem a capacidade de me
descrever como poucas. A inquietude de estar sempre numa busca sedenta, mas
mesmo com medo, avançar sem perder a esperança. Sempre procuro contar uma
história na costura do repertório e penso que dentro do show - e do álbum -
essa é uma peça que se encaixou perfeitamente. Por fim, ela acabou se tornando
minha faixa preferida no projeto.
GND: Você fala sobre uma
costura do repertório, qual é o base temática do “Nós - Ao Vivo”?
EQ: O álbum Diálogo Número
Um, que é a base do repertório do “Nós Ao Vivo”, é uma história sobre
amadurecimento, erros, perdão e os altos e baixos dos nossos relacionamentos.
“Nós” é a confirmação da da ideia de que, apesar dos desencontros, vale a pena
ficarmos juntos.
GND: Algumas músicas (inéditas) que você tem executado em suas apresentações não entraram na versão final do disco. Por quê?
EQ: Estou finalizando meu próximo álbum de estúdio e elas estarão todas lá, além de outras que a galera ainda não ouviu. Este ano teremos muitas novidades!
GND: Você disse muitas
novidades para 2019, temos alguma previsão?
EQ: Teremos uma “Tour Nós”
passando por outras cidades ainda nesse semestre, o “DVD Nós” completo no
YouTube em mais algumas semanas, um último clipe desse repertório que ainda sai
nos próximos meses e, no comecinho do 2º semestre, se Deus quiser, vem o álbum
novo.